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Defesa de Flordelis diz não haver 'elementos mínimos' para denúncia

"Elementos não são suficientes para que ela fosse denunciada, muito menos presa", diz advogado - Michel Jesus/Câmara dos Deputados
"Elementos não são suficientes para que ela fosse denunciada, muito menos presa", diz advogado Imagem: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

24/08/2020 20h35Atualizada em 24/08/2020 21h16

O advogado Anderson Rollemberg, que defende Flordelis (PSD-RJ), afirmou não ver elementos que sustentem a acusação contra a deputada federal. A parlamentar foi denunciada hoje pelo homicídio de seu marido, o pastor Anderson do Carmo. O crime aconteceu em 16 de junho de 2019, quando ele chegou em casa, em Niterói (RJ), e foi alvejado com vários tiros.

"Temos aqui o desfecho da segunda fase da investigação, em que a autoridade policial apontou que a deputada Flordelis seria a mandante deste crime. Ao ver da defesa, não há elementos, mínimos que fossem, para ela receber esse tratamento de ser indiciada, denunciada, como mandante desse terrível crime", disse Rollemberg.

Segundo o advogado, que alega só ter tido acesso pleno à investigação hoje, não há elementos nos autos que justifiquem a denúncia contra Flordelis.

"Pela leitura rápida que tivemos, os elementos que ali apontam a autoridade policial, ao ver da defesa, não são suficientes para que ela fosse denunciada, muito menos presa. Foi feita uma ginástica muito grande para colocar a deputada como mandante desse crime e também para prender os filhos."

Rollemberg ainda afirmou que as mensagens encontradas pela polícia no celular da deputada não foram escritas por ela, mas sim por uma das filhas, que tinha acesso ao aparelho.

"Isso já foi muito debatido na primeira fase. Não era a deputada que fazia a digitação para o Lucas [um dos filhos, presos no primeiro momento]. Era uma das filhas. Já foi desde o início esclarecido, no primeiro momento das oitivas, que ocorreram logo após o fato. Vejo fora do contexto se utilizar dessas mensagens para incriminá-la", destacou.

Por ter imunidade parlamentar, a deputada não pode ser presa, a não ser em flagrante delito. O PSD já anunciou que ela será suspensa do partido e pode acabar sendo expulsa.