'Mãe morreu pra salvar o filho', diz cunhada de mulher baleada em tiroteio
O filho de Ana Cristina da Silva, 25, que morreu ao ser atingida por tiros de fuzil na noite de ontem em meio ao fogo cruzado de traficantes de facções rivais no bairro do Rio Comprido, zona norte do Rio, ainda não sabe que a mãe morreu. A vítima se atirou sobre o filho de 3 anos para protegê-lo dos disparos enquanto tentava embarcar em um veículo de vizinhos para sair do local do conflito.
"Ele fica perguntando: 'Quando a minha mãe vai voltar?'. Ele acha que ela tá no hospital. Só sabe que a mãe se machucou porque ficou coberto pelo sangue dela. Ele presenciou tudo. A mãe morreu pra salvar o filho. A gente não sabe como vai lidar com isso ainda", relatou a estudante Vânia Brito, 25, cunhada da vítima.
Ela estava indo trabalhar e iria deixar o filho com uma babá quando começou o tiroteio. Aí, uma moça em um carro disse para ela entrar. Foi coisa de bandido com bandido
Vânia Brito, cunhada de Ana Cristina da Silva
Ana Cristina foi atingida próximo ao acesso ao Complexo do São Carlos, conjunto de favelas na região central do Rio. Ela estava a caminho do bar onde trabalha com o marido quando começou o tiroteio, por volta das 19h de ontem.
Ao UOL, o Corpo de Bombeiros disse que, após receber um chamado para atendê-la, agentes não conseguiram chegar no local por conta do tiroteio.
Segundo a família, a vítima foi socorrida por moradores e já chegou ao hospital sem vida.
A família aguarda a liberação do corpo hoje à tarde no IML do Rio.
Confrontos voltaram a acontecer hoje
Os confrontos no Rio Comprido, que começaram ontem à noite, voltaram a acontecer hoje à tarde.
Moradores relatam disparos de armas de grosso calibre e até de granadas. A rua Aristides Lobo, um dos principais acessos ao local, está bloqueada. Equipes de reportagem ficaram no meio do fogo cruzado. Viaturas da PM-RJ (Polícia Militar do Rio) estão no local.
O corpo de Ana Cristina deve ser enterrado na cidade onde ela nasceu, em Serra Redonda, interior da Paraíba. Uma equipe da Secretaria de Estado de Vitimização foi no IML para prestar assistência à família.
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