RJ: PM é preso por investigar uso indevido de oficina do Choque, diz jornal
Um policial militar do Rio de Janeiro recebeu voz de prisão do major Leonardo Novo, subcomandante do Choque, por investigar o uso indevido da oficina mecânica do batalhão por oficiais, segundo o jornal O Globo. O policial trabalha na Corregedoria do estado.
De acordo com o jornal, o ato do major foi considerado ilegal e ele foi indiciado por abuso de autoridade e prevaricação. O policial que investigava os colegas foi solto posteriormente.
A prisão aconteceu em maio do ano passado, mas a história só veio a público quando o IPM (Inquérito Policial Militar) do caso foi publicado no boletim interno da corporação.
Responsável pela apuração, o capitão da PM, que não teve o nome revelado, investigava se seus colegas de farda usavam os recursos da oficina para consertar veículos particulares.
Quando ele chegou ao batalhão para fazer sua apuração, foi interceptado pelo capitão Luciano Fabrício Monteiro da Silva, comandante da UPP Salgueiro, que à época trabalhava no batalhão.
O capitão Luciano pediu que o PM o acompanhasse até a sala do major Novo. No local, o policial que fazia a investigação recebeu voz de prisão por, segundo o major, não ter comunicado a ele que faria a visita ao batalhão naquele dia.
O policial ligado à Corregedoria disse que queria "manter o sigilo da diligência e ser rápido na verificação da denúncia, com o objetivo de flagrar os envolvidos", segundo o jornal.
A investigação concluiu que a prisão do capitão foi ilegal, com indícios de "crime de Abuso de Autoridade" por parte do major, que "demonstrou no exercício de sua função desinteresse aos fatos, transparecendo, com sua atitude de prisão imediata do oficial, a finalidade de prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo ou terceiros", mostrou a apuração de O Globo.
O major Novo ainda não sofreu nenhuma punição administrativa por ter prendido o capitão. Procurada pelo jornal, a PM do Rio afirmou que "a apreciação da conduta do subcomandante do Batalhão de Choque está sobrestada, aguardando o julgamento da Auditoria de Justiça Militar (AJMERJ)".
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