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Cinco brasileiros são presos suspeitos de chacina de família boliviana

Policiais buscaram corpos de bolivianos na mata por mais de 36 horas - Divulgação/PM Acre
Policiais buscaram corpos de bolivianos na mata por mais de 36 horas Imagem: Divulgação/PM Acre

Carlos Madeiro

Colaboração para o UOL, em Maceió

17/10/2020 15h00

A Polícia Civil do Acre prendeu ontem cinco pessoas suspeitas de envolvimento na morte de três integrantes de uma família boliviana ocorrida em Cobija, cidade que faz fronteira com o Brasil, no último dia 13 de setembro.

As prisões ocorreram na zona rural de Acrelândia (a 110 km de Rio Branco), onde estavam escondidos em acampamento. As detenções cumpriram a mandados judiciais de prisão preventiva. Os nomes dos suspeitos não foram revelados pela Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) do Acre.

No crime, três pessoas da mesma família foram mortas por um brasileiro que extraia madeira na propriedade onde a família morava em Cobija. O inquérito apontou que uma jovem de 13 anos também foi vítima de estupro. O pai da vítima chegou a flagrar o abuso sexual quando retornava da lavoura e amarrou um dos suspeitos de cometer o crime.

Porém outro suspeito fugiu e voltou para casa para pedir ajuda no resgate. Pelo menos seis brasileiros que moram na região rural de Acrelândia se dirigiram ao local e conseguiram desamarrar o suspeito pelo estupro enquanto o pai da vítima ainda buscava socorro policial na Bolívia. O grupo retornou ao local e, segundo a polícia, matou a mãe e dois irmãos da vítima de estupro. A menina de 13 anos sobreviveu aos disparos.

A investigação deve indicar agora como cada um os envolvidos participou dos crimes cometidos contra a família. Inicialmente, dois homens foram presos em flagrante no dia seguinte ao crime, mas um deles foi solto e acabou sendo recapturado na operação de ontem. O outro suspeito segue detido em um presídio de Rio Branco aguardando a conclusão do inquérito.

Ainda de acordo com a polícia, apesar dos brasileiros terem cometido o crime na Bolívia, a investigação e o julgamento dos crimes devem ocorrer no Acre por ter sido ser o local da prisão.

Os suspeitos devem ser indiciados pelos crimes de homicídio, estupro e ocultação de cadáver. Eles foram levados para Rio Branco, onde estão presos à disposição da Justiça.