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BH: abordagem de segurança a meninos negros em shopping gera revolta; veja

Segurança aborda meninos negros na praça de alimentação do ViaShopping Barreiro, em Belo Horizonte. A atitude foi filmada e gerou revolta nas redes sociais - Reprodução/Instagram
Segurança aborda meninos negros na praça de alimentação do ViaShopping Barreiro, em Belo Horizonte. A atitude foi filmada e gerou revolta nas redes sociais Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

28/11/2020 10h11

Um segurança que tentou impedir que dois garotos negros comessem na praça de alimentação do ViaShopping Barreiro, em Belo Horizonte, gerou revolta em outros clientes que estavam no local. A abordagem foi filmada, e o vídeo viralizou nas redes sociais, com acusações de que o funcionário teria sido racista ao pedir a saída dos garotos do shopping.

No vídeo, feito na última quinta-feira (26), o segurança se aproxima dos garotos que estão sentados à uma das mesas da praça de alimentação, comendo. De acordo com relatos de clientes nas redes sociais, os meninos tinham comprado salgados e estavam sentados, sem causar nenhum tipo de tumulto.

Ao perceberem a atitude do segurança, outros clientes se aproximam para ajudar os meninos. "Pode sentar lá, menino, tô filmando. Não pode comer, o que é isso? Ninguém aceita mais esse tipo de tratamento não, pode deixar o menino comer", diz uma mulher que filma a cena. "A pessoa compra a comida e não tem o direito de comer", completa ela.

Em nota, o ViaShopping Barreiro repudiou o episódio. "Episódios pautados em segregação não representam os valores que sustentam o estabelecimento há quase duas décadas. Temos como premissa o acolhimento de todos; somos um ambiente plural, diverso e que propicia experiências positivas e, qualquer atitude que não corrobore com isso, será veementemente combatida", diz o comunicado.

Ainda no texto, o shopping diz que "lutará para que todas as pessoas usufruam do ViaShopping Barreiro com dignidade e respeito" e que "o fato ocorrido" já está "sendo combatido". No entanto, o shopping não informou quais medidas serão aplicadas contra o funcionário no caso.