'Que a morte dele não seja em vão', diz pai de João Alberto em ato no RS
Uma missa seguida de uma caminhada de cerca de dois quilômetros marcaram hoje em Porto Alegre o oitavo dia da morte de João Alberto Silveira Freitas, 40, homem negro que morreu após ser espancado por seguranças do Carrefour. Três pessoas estão presas pelo crime.
O pai de Beto, o pastor João Batista, 65, esteve no ato e relembrou o momento em que encontrou o filho caído no Carrefour. "Quando eu cheguei lá só encontrei uma poça de sangue e meu filho já estava morto. Não tinha ninguém preso. Eu tinha que falar com a autoridade", observou.
Que se levante essa bandeira para que a morte dele não seja em vão. Que a morte de João Alberto siga de lição.
Pastor João Batista, pai de João Alberto
Uma faixa gigante foi estendida embaixo do viaduto que fica ao lado da Igreja São Jorge, na zona leste da capital. No pano há uma representação do rosto de Beto, como é conhecida a vítima, e três frases: "racismo existe e mata", "justiça por Beto" e "o Carrefour e o Estado racista e capitalista são os responsáveis".
Por volta das 19h30, o grupo começou a caminhada em direção à unidade do Carrefour na zona leste da cidade. Algumas pessoas seguraram bandeiras de partidos e de movimentos sociais. A Guarda Municipal acompanhou o grupo a distância, que seguiu até o mercado pelo corredor de ônibus.
Ao chegarem ao Carrefour, já havia policiais militares monitorando a situação de longe. Os manifestantes se concentraram em frente a um dos acessos ao mercado, onde velas foram acessas. "Essas velas não são para iluminar estabelecimento, mas para a iluminar a alma belíssima de Beto", observou a ativista Winnie Bueno. Por volta das 21h20, o grupo encerrou o ato, sem incidentes.
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