Criciúma: 'achei que fossem fogos de Natal', diz moradora sobre tiroteio
Moradores que residem próximo à agência central do Banco do Brasil, em Criciúma (SC), viveram momentos de tensão na madrugada de hoje, durante um assalto ao banco. Ao menos 30 bandidos fortemente armados participaram da ação, que durou quase três horas.
Uma moradora ouvida pelo UOL relatou que ouviu duas horas de intenso tiroteio. Os tiros puderam ser ouvidos a quilômetros de distância, em outras regiões da cidade.
"Quando ouvi os primeiros tiros, na minha inocência, achei que eram fogos de natal", relatou a mulher, moradora que não pediu para não ter sua identidade revelada. Ela mora na Praça do Congresso, a cerca de 300 metros da agência bancária.
No grupo de WhatsApp do prédio onde ela mora, a recomendação foi que todos apagassem as luzes para não chamar a atenção dos criminosos, que já tinham tomado conta da área, com barricadas.
Ela conta que os criminosos estavam de coletes e bem armados. "Foram duas horas de terror. A gente viu e ouviu das sacadas o terror que estava acontecendo. Era uma estrutura enorme, carros pretos e armas pesadas", afirmou.
A moradora disse que só conseguiu dormir por volta das 4h, quando a situação começou a ser controlada. "Foi coisa de cinema. Mostra uma realidade que nunca aconteceu aqui conosco".
Noite de terror
Além de rajadas de tiros, os criminosos fizeram barricadas com carros, espalharam explosivos e usaram reféns como escudo para evitar a aproximação de policiais. Segundo a polícia, os reféns foram soltos. Os bandidos fugiram e ninguém foi preso até o momento.
Os bandidos também incendiaram o 9º batalhão da PM (Polícia Militar) e o túnel que liga a cidade à vizinha Tubarão. Ao menos duas pessoas ficaram feridas na ação: um policial, que segundo a Polícia Militar foi levado para um hospital e está em estado grave, e um vigilante, ferido sem maior gravidade.
A ação começou por volta da meia-noite e terminou às 3h da madrugada. A polícia informou que ao menos 30 bandidos participaram da ação, mas de acordo com o prefeito Clésio Salvaro (PSDB), esse número pode chegar a 50. Dez a 12 veículos foram usados na fuga e abandonados mais tarde na cidade de Nova Veneza (SC), a cerca de 18 km de Criciúma, em uma plantação de milho.
Segundo a polícia, a soma total do roubo ainda não foi mensurada pelo Banco do Brasil.
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