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MG: em suposta crise psicológica, PM de folga dá quatro tiros em vizinho

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Imagem: iStock

Bruno Torquato

Colaboração para o UOL, em Betim (MG)

08/01/2021 14h17

Um homem ficou ferido por quatro disparos de arma de fogo na madrugada de hoje em Betim (MG), na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A autora dos disparos é uma Policial Militar que estava de folga e, na hora do fato, em uma possível crise psicológica.

O condômino fica a poucos metros do Batalhão onde a PM trabalha, no bairro Jardim das Alterosas.

De acordo com a capitão e porta-voz da Polícia Militar, Layla Brunnela, a corporação recebeu uma chamada às 2h40 informando uma invasão de domicílio e disparos de arma de fogo.

"Logo com a chegada da guarnição foi identificado que [a autora] é uma PM da ativa e que estava com a fala desconexas, aparentando estar com surto em uma situação mais complicada psicologicamente e emocionalmente", disse.

Testemunhas disseram no registro do Boletim de Ocorrência que ouviram barulho na área privativa do apartamento e, na sequência, dois disparos.

"[Os tiros] quebraram a porta de vidro que dava acesso aos fundos do imóvel. Logo na sequência, a autora se aproximou ao quarto do casal e teria falado ideias desconexas, dizendo que estava sendo prosseguida e que tinha uma pessoa atrás dela naquele momento", disse a capitão.

Enquanto as pessoas tentavam acalmar a militar, ela pediu para sair do apartamento, mas neste momento a vítima se aproximou da porta, quando novos disparos foram feitos.

"Quatro tiros atingiram a vítima, sendo três nas pernas e um na nádega. Esses ferimentos não trazem risco de morte segundo o médico, mas ele passa por cirurgia. A policial está no hospital Mater-Dei recebendo atendimento, mas consta transferência para um hospital psiquiátrico", relatou a porta-voz da PM de Minas Gerais.

Informações repassadas pela corporação dão conta ainda de que a autora dos disparos perdeu um parente próximo nos últimos dias e que ela vive sozinha em Betim, sendo que os familiares são de outro estado.

Por estar de folga durante os disparos, ela será investigada por crime comum, ou seja, não por crime militar. O armamento dela foi apreendido.

Além da investigação na justiça comum, a PM irá abrir um processo administrativo para apurar "qualquer resíduo que possa interferir institucionalmente".