Procuradoria entra com ação no TRT por fim da paralisação do BRT no Rio
A PGM (Procuradoria-Geral do Município) do Rio de Janeiro entrou com um pedido de liminar no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) para tentar restabelecer integralmente os serviços do BRT na capital fluminense. A paralisação dos motoristas interrompeu hoje a circulação dos ônibus nos três corredores do sistema, deixando a cidade em estágio de atenção.
A ação, apresentada no final da manhã de hoje, considera a pandemia de covid-19 e foi fundamentada nos termos da lei nº 7783/89, cujo texto determina que paralisações no serviço público essencial devem ser comunicadas com pelo menos 72 horas de antecedência, o que, segundo a PGM, não aconteceu.
Mais cedo, em entrevista à Rádio CBN, o prefeito Eduardo Paes (DEM) disse esperar uma decisão judicial que obrigue o retorno ao trabalho dos motoristas do BRT. Ele também responsabilizou seu antecessor, Marcelo Crivella (Republicanos), pela crise.
"Espero que a Justiça determine a volta dos trabalhadores, trata-se de um serviço essencial. Isso não pode acontecer [a paralisação]. Não há mágica para solução imediata. As concessionárias precisam cumprir com a sua obrigação. Vai levar algum tempo para normalizarmos o serviço", afirmou.
Antes, pelas redes sociais, o prefeito já havia feito um "apelo" aos motoristas.
Vans triplicam cobrança
Sem transporte, passageiros se aglomeraram em pontos de ônibus e também em coletivos. Para alguns, a alternativa foi usar o serviço de ônibus executivos, cujas passagens variam de R$ 12 a R$ 17, dependendo do trajeto. Vans chegaram a triplicar o valor das suas cobranças, diante da falta de circulação dos BRTs.
Nas redes sociais, a prefeitura do Rio informou ter colocado em prática um plano de contingência, com apoio da Guarda Municipal e de todos os demais órgãos, para reduzir os impactos da greve e zelar pela proteção de cidadãos, bens e serviços, além de monitorar a circulação de passageiros nas estações.
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