Polícia prende dupla suspeita de assassinato de empresária em Cuiabá
A empresária que ficou dois dias desaparecida e foi encontrada morta ontem em Várzea Grande (MT), cidade vizinha a Cuiabá, foi assassinada por cobrar uma dívida de R$ 1,2 mil. A informação foi divulgada pelo delegado que acompanha o caso, Marcel Oliveira, titular da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), durante coletiva de imprensa hoje.
Rosemeire Soares Perin, de 52 anos, foi morta por uma faca de cozinha porque cobrou uma dívida de um ex-presidiário. O homem é Jefferson Rodrigues da Silva, que acumulava débitos com a empresária e acabou cometendo o crime em um momento de discussão.
Segundo o delegado, Jefferson era cliente de Rosemeire e havia comprado dela uma máquina de sorvete no valor de R$ 7 mil, que ele pagou normalmente. Algum tempo depois, ele contratou uma manutenção da máquina, no valor de R$ 850, além de ter adquirido dela um batedor de milk-shake e pratos plásticos que, somados, davam R$ 350. A dívida total era de R$ 1,2 mil.
Na coletiva, o delegado contou a versão da polícia para o caso e que o suspeito teria confessado em depoimento. "No dia do desaparecimento, ela foi até a quitinete dele, em Várzea Grande, para testar o equipamento que Jefferson comprou. Na ocasião, ela cobrou essa dívida de R$ 1,2 mil e ele não gostou, deu uma 'gravata' e a vítima desmaiou. Ele a amarrou com fitas adesivas e amordaçou com uma meia", conta.
O titular da DHPP revelou ainda que a situação piorou minutos depois. "Ele se viu em um momento de desespero. Por usar tornozeleira, ele disse que ficou com medo de voltar à prisão. Nisso, pegou uma faca de cozinha, de 30 cm, e deu três facadas no pescoço dela."
O delegado afirmou que o suspeito confessou o crime e explicou que pediu a ajuda de um familiar para se livrar do corpo, mas o parente se recusou. Ele então procurou Pedro Paula de Arruda, que topou auxiliá-lo. Foi aí que a dupla levou o corpo de Rosemeire até o ponto conhecido como Passagem da Conceição, onde ela foi encontrada ontem.
Na coletiva, a autoridade policial confirmou ainda que a investigação começou quando o carro foi visto passando por uma ponte e identificou o suspeito por conta da tornozeleira eletrônica. Ao chegar na quitinete de Jefferson, os policiais encontraram marcas de sangue. A faca utilizada no crime também foi encontrada.
A dupla foi encaminhada para a Cadeia Pública de Capão Grande e passará por audiência de custódia. Os dois irão responder por homicídio qualificado, asfixia, tortura, ocultação de cadáver e furto qualificado, já que o veículo da empresária foi levado por Jefferson.
O delegado do caso ainda confirmou que a vítima conhecia Jefferson desde 2011, mas os dois tiveram negociações comerciais apenas em 2020, já que ele vendia espetinhos e sorvete em Várzea Grande e havia procurado Rosemeire para comprar a máquina que ela tinha.
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