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Invasores enviam pornografia para mais de 60 alunos em aula online em SP

A Polícia Civil registrou a ocorrência como ato obsceno e encaminhou o inquérito para a Delegacia de Defesa da Mulher - Reprodução/Facebook
A Polícia Civil registrou a ocorrência como ato obsceno e encaminhou o inquérito para a Delegacia de Defesa da Mulher Imagem: Reprodução/Facebook

Daniel César

Colaboração ao UOL, em Pereira Barreto (SP)

12/03/2021 12h03

Alunos da Escola Municipal Darcy Ribeiro, em São José do Rio Preto (SP), levaram um susto ontem, durante uma aula online. Dois indivíduos invadiram a sala virtual na plataforma e passaram a exibir imagens pornográficas para os adolescentes.

Segundo a diretoria da escola, cerca de 60 alunos estavam assistindo à aula ao vivo na plataforma Google Meet quando aconteceu o fato. A princípio, um usuário identificado como "Ednaldo H" entrou na sala virtual e passou a postar imagens e vídeos pornográficos para os adolescentes do 6º ano do colégio.

Ainda de acordo com a escola, o professor tentou desconectar a sala e encerrar a atividade, mas ele já havia perdido o controle da plataforma. Em seguida, outro usuário, identificado como Felipe Gomes, também entrou na chamada, dessa vez utilizando uma webcam para fazer transmissão ao vivo de um homem se masturbando.

A Polícia Civil registrou a ocorrência como ato obsceno e encaminhou o inquérito para a Delegacia de Defesa da Mulher, responsável por este tipo de crime.

A vice-diretora da escola, Marilza Cristina Teodoro de Lima, afirmou que não sabe ainda quem teria invadido a aula, mas afirmou que o colégio lida com duas hipóteses: "A gente não conseguiu descobrir. O que a gente comentou foi que ou algum aluninho passou o link para alguma pessoa. A gente está pensando ser alguém conhecido porque um aluninho pode ter passado para um adulto ou foi um hacker", disse ela, ao UOL.

Questionada se há algum tipo de suspeita sobre quem possa ter feito a invasão, a vice-diretora explica que houve uma investigação interna, mas não obteve respostas: "Os nomes que eles usaram (para entrar na sala) não constam no nosso cadastro".

Marilza conta ainda que o caso aconteceu durante uma aula ao vivo e que o procedimento não será adotado neste momento e o Google Meet será abandonado nas aulas online.

"A aula que aconteceu foi pelo Google Meet e foi ao vivo, vamos pausar neste momento e vamos deixar as aulas gravadas, colocando as gravações no grupo das salas de aula e não vamos usar o Google Meet até resolver essa situação", explicou ela.