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Radialista é vítima de feminicídio no Distrito Federal

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, em Brasília

28/03/2021 13h50

A radialista Evelyne Ogawa, 38, foi assassinada pelo companheiro na noite da última sexta-feira (26). O crime ocorreu na residência da vítima, na Samambaia, cidade satélite do Distrito Federal.

Segundo informações da "Rádio Federal", emissora na qual a jovem era apresentadora de dois programas (um dos quais leva o seu nome), o autor do fato foi preso. A reportagem ainda não recebeu posicionamento oficial da Polícia Civil.

A vítima trabalhava na rádio há sete anos e era muito elogiada no convívio com os colegas de trabalho e amigos. Além de apresentar programas de rádio, ela atuava com assessoria artística e produção.

O feminicídio de Evelyne ocorre quase dois meses depois de um estudo da Secretaria de Segurança do DF que apontou redução no número de ocorrências que resultaram em mortes de mulheres motivadas por violência doméstica ou discriminação de gênero.

De acordo com o balanço, em um ano (comparativo entre 2020 e 2019), a queda foi de 46,8% (a variação absoluta foi de 15 casos a menos).

As autoridades do DF passaram a ter preocupação maior com os feminicídios desde que a capital federal chegou ao 5º lugar no ranking nacional desse tipo de crime, entre 2017 e 2018.

Além disso, até 2018, a proporção de feminicídios em relação ao total de mulheres assassinadas era de 59,6% —o segundo maior índice no ranking nacional, atrás apenas do Mato Grosso (60,8%). Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Morte violenta

Segundo informações da imprensa local, Evelyne teria sido asfixiada pelo companheiro com um fio elétrico, na última sexta-feira. Reportagem do "Jornal de Brasília" narra que o autor confessou o crime depois de se apresentar à 26ª Delegacia de Polícia.

Ainda de acordo com o jornal, o criminoso tem antecedentes relacionados a atos de violência doméstica. Reportagem do portal "Metrópoles" afirma que ele agrediu uma estudante de 26 anos, em 2017.

Registros do sistema judicial do Distrito Federal mostram que ele já foi condenado por agressão a mulher e teve sentença confirmada em 2ª instância, com negativa de recurso. A argumentação da defesa foi rejeitada pela 2ª Turma Criminal.