Caso Henry: Sem Jairinho e mãe, reconstituição de 4h tem boneco do menino
Ocorreu nesta quinta-feira (1) a reconstituição da morte do menino Henry Borel. A Policia Civil chegou às 14h ao condomínio Majestic, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, onde o menino estava na ocasião com a mãe, Monique Medeiros, e o padrasto, vereador conhecido como Dr. Jairinho. Por volta das 18h os policiais deixaram o local. Além do apartamento do casal, os agentes também estiveram na portaria do prédio para realizar a reconstituição. Eles utilizaram um boneco, que tinha as mesmas características de Henry Borel, para representar o menino.
Jairinho e Monique faltaram ao local. A defesa dos dois alegou que havia requisitado que a reconstituição ocorresse na próxima semana, algo que foi negado. Como o casal não apareceu, um policial masculino e uma policial feminina fizeram seus papéis.
A polícia informou ainda que os dois podem responder por desobediência por não terem comparecido. Ao final do procedimento, os policiais e o advogado do casal, André França, não falaram com a imprensa.
Conversa com governador
Questionado sobre a ligação que Jairinho fez ao governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, horas após a morte de Henry, o advogado afirmou que os dois são amigos.
"O vereador e o Cláudio Castro são amigos assim como o vereador conhece inúmeras outras pessoas. A preocupação do Jairinho, assim como da Monique, sempre foi conceder a maior transparência e maior justiça ao caso. Ele não quer que a figura dele como político possa gerar qualquer parcialidade que o prejudique. Ele fala 'só quero que seja feito um procedimento que seja justo'", falou França.
O caso
Henry era filho de pais recém-divorciados, e passou um final de semana com o pai, o engenheiro Leniel Borel de Almeida. Por volta das 19h, Leniel deixou a criança no condomínio onde reside a mãe. Câmeras de segurança flagraram a chegada do menino. Monique Medeiros da Costa e Silva namora o vereador desde outubro de 2020. Antes trabalhava como professora e agora ocupa cargo no Tribunal de Contas do Município.
De acordo com as investigações, na madrugada do dia 8, o médico e vereador Dr. Jairinho (Solidariedade), padrasto de Henry, e a namorada dele e mãe da criança, Monique Medeiros, levaram o menino ao Hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca, onde relataram que a criança apresentava dificuldade respiratória. O casal então ligou para o pai do garoto para relatar o ocorrido.
Leniel foi, então, até a unidade de saúde e encontrou os médicos tentando reanimar a criança. Orientado pelos profissionais do hospital, o pai do menino abriu uma ocorrência na 16ª DP para entender o que aconteceu com o filho. A morte do menino ocorreu ainda no dia 8.
O laudo da necropsia de Henry indicou sinais de violência e a causa da morte foi hemorragia interna e laceração hepática causada por uma ação contundente.
No documento, a perícia constatou múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores; infiltração hemorrágica na parte da frente, lateral e posterior da cabeça; edemas no encéfalo; grande quantidade de sangue no abdômen; contusão no rim à direita; trauma com contusão pulmonar; laceração hepática (no fígado); e hemorragia retroperitoneal.
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