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Mensagens mostram que mãe de Henry quis pôr câmera para flagrar agressões

O menino Henry Borel ao lado da mãe, Monique Medeiros, e do padrasto, o vereador Dr. Jairinho - Reprodução
O menino Henry Borel ao lado da mãe, Monique Medeiros, e do padrasto, o vereador Dr. Jairinho Imagem: Reprodução

Colaboração para o UOL, em São Paulo

09/04/2021 12h01Atualizada em 10/04/2021 09h46

Monique Medeiros, mãe do menino Henry, assassinado em 8 de março, demonstrou interesse em instalar uma câmera em seu apartamento para capturar as agressões do vereador Dr. Jairinho. Em conversa com a babá Thayná, Monique pede ajuda para colocar o plano em ação.

"Eu vou colocar microcâmera. Me ajuda a achar um lugar. Depois eu tiro", escreve ela em uma sequência de mensagens de texto no WhatsApp encontradas pela polícia em seu celular.

A babá sugere entrar em contato com o padrinho, que ela afirma ter uma empresa especializada na área. "Mas tem que ser imperceptível", pontua Monique.

"Porque não tá normal", responde Thayná. "Verdade", concordou Monique.

O plano surge logo após a babá sugerir para Monique que, um dia, ela diga que vai "demorar na rua" e fique em algum lugar da casa escondida para flagrar o namorado.

A troca de mensagens aconteceu no dia 12 de fevereiro, semanas antes da morte de Henry. A conversa serviu de prova para a Polícia Civil do Rio de Janeiro de que a mãe sabia da "rotina de violência" que o filho vinha sofrendo.

Ontem, Monique e Jairinho foram presos na capital fluminense. O casal responderá por "homicídio duplamente qualificado com emprego de tortura".