'Vai morrer abraçada a Jairinho?', perguntou novo advogado à mãe de Henry
Após trocar de defesa por não se sentir bem representada, a mãe de Henry Borel, Monique Medeiros, ouviu de um de seus novos advogados, Hugo Novais, se ela queria "morrer abraçada a Jairinho".
Em entrevista ao Jornal Extra, publicada na manhã de hoje, Hugo relatou ter dito a frase para encorajá-la a assumir uma nova defesa, em que pode acusar Jairinho pela morte de Henry, que tinha 4 anos.
No início das investigações sobre a morte do menino ocorrida em 8 de março, o vereador Dr. Jairinho e Monique eram representados por um único advogado, André França.
No entanto, mensagens trocadas entre o casal mostraram que Monique estava desconfortável com a forma que sua imagem era tratada na mídia. "Vou procurar outro advogado. Sabe por quê? Porque ele é o seu advogado, não o meu". E complementou: "Se for para [o França] defender alguém, será você, não a mim". "Estou embrulhada com tantos comentários que estou lendo ao meu respeito", escreveu Monique, segundo o Extra.
"Havia um domínio da situação por parte dele. A família de Monique entendeu que ela não era defendida. A nossa estratégia é que, agora, Monique diga a verdade", diz Hugo Novais, que forma a nova defesa de Monique junto com Thiago Minagé e Thaise Assad.
Novais diz que tem como provar que sua cliente era uma "mãe amorosa". Ele chegou a solicitar um depoimento diante da Polícia Civil.
"Ainda que seja verdadeira a contaminação de Monique por covid-19, permanece como imprescindível nova audição de Monique no inquérito policial, ainda que por videoconferência, eis que: a quem interessa o silêncio de Monique?", questionaram os advogados, em nota assinada por Thiago Minagé, Hugo Novais e Thaise Assad.
Em entrevista à rádio CBN, o diretor do Departamento da Polícia da Capital, delegado Antenor Lopes, informou que há provas suficientes para que a investigação seja concluída entre hoje e amanhã.
Desde a última sexta-feira (16), a Polícia Civil vem se manifestando sobre a possibilidade de concluir o inquérito sem ouvir de novo a mãe de Henry. O delegado Antenor Lopes já havia dito que não existiam indícios de que ela estivesse sendo vítima de ameaças.
"Nós já julgamos ter elementos suficientes para apresentar o relatório final ao MP [Ministério Público] e em seguida ao Judiciário", afirmou Lopes.
Ao UOL, o delegado afirmou que a decisão final será do delegado Henrique Damasceno, responsável pelas investigações conduzidas pela 16ª DP (Barra). Mas confirma que a tendência é de que Monique não seja ouvida novamente. .
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