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SP amplia horários de serviços e comércio a partir de hoje; veja o que muda

Região de comércio na Santa Efigênia, em São Paulo - BRUNO RUAS/ESTADÃO CONTEÚDO
Região de comércio na Santa Efigênia, em São Paulo Imagem: BRUNO RUAS/ESTADÃO CONTEÚDO

Lucas Borges Teixeira

Do UOL, em São Paulo

08/05/2021 04h00Atualizada em 08/05/2021 08h46

Os setores de serviço e comércio passam a funcionar em horário ampliado a partir de hoje (8) em todo o estado de São Paulo, com a quarta etapa da chamada "fase de transição" do Plano São Paulo, de controle das medidas restritivas de circulação e retomada econômica.

Conforme anunciado pelo governo paulista ontem (7), comércio, restaurantes, atividades culturais e serviços em geral, como salões de beleza e academias, passam a funcionar com o horário e capacidade ampliados. Agora, a maioria das atividades pode abrir das 6h às 21h, sem limite de funcionamento e com 30% da ocupação máxima.

Quarta etapa da fase de transição do Plano SP, com ampliação de horário e capacidade dos estabelecimentos - Reprodução/Governo do Estado de São Paulo - Reprodução/Governo do Estado de São Paulo
Quarta etapa da fase de transição do Plano SP, com ampliação de horário e capacidade dos estabelecimentos
Imagem: Reprodução/Governo do Estado de São Paulo

Na prática, mudaram apenas dois pontos em relação à última etapa, que vigorou até ontem:

  • uma hora a mais de funcionamento, e
  • porcentual de capacidade de ocupação (de 25% para 30%).

Parques seguem funcionando das 6h às 18h.

Veja o que está e o que não está permitido na nova etapa da fase de transição, iniciada hoje com novos horários:

Abre

  • Shoppings, galerias e comércio de rua (das 6h às 21h e com 30% de ocupação máxima),
  • Restaurantes e similares (das 6h às 21h e com 30% de ocupação máxima),
  • Salões de beleza e barbearias (das 6h às 21h e com 30% de ocupação máxima),
  • Igrejas e templos religiosos (30% de ocupação máxima),
  • Cinemas, teatros e atividades culturais (das 6h às 21h e com 30% de ocupação máxima),
  • Eventos e casas de show (das 6h às 21h, com todos sentados, sem aglomeração e 30% de ocupação máxima),
  • Academias de esporte e centros de ginástica (das 6h às 21h e com 30% de ocupação máxima),
  • Parques estaduais e municipais e zoológico (das 6h e 18h),
  • Farmácias e serviços de saúde,
  • Mercados, supermercados e locais que vendam comida, mas sem consumo local,
  • Escolas (retomada gradual com até 35% de ocupação) e cursos da área de saúde em universidades,
  • Construção civil e indústria,
  • Concessionárias,
  • Lavanderias,
  • Serviços de segurança pública e privada,
  • Empresas de locação de veículos.

Fecha

  • Bares (só funcionam delivery, drive-thru ou retirada),
  • Universidades (exceção para cursos de saúde),
  • Atividades com aglomeração,
  • Permanece valendo o toque de recolher das 21h às 5h.

O que mudou

Da terceira para a quarta etapa da fase de transição, houve alterações no funcionamento de:

  • Restaurantes, serviços, atividades culturais e comércio, que mudaram o horário das 6h às 20h para entre 6h e 21h,
  • Capacidade máxima de todos os estabelecimentos subiu de 25% para 30%.
Na capital, a Prefeitura de São Paulo informou que o rodízio de veículos também foi alterado para obedecer ao novo toque de recolher, das 21h às 5h, de acordo com o final da placa.

O que é a "fase de transição"

Quando o Plano São Paulo foi lançado, no ano passado, o objetivo era acompanhar indicadores como ocupação dos leitos e números de casos, para avaliar se era possível retomar atividades econômicas e a circulação de pessoas em cada região do estado. Para isso, foram criadas cinco fases —que iam da vermelha (a mais restritiva, em que apenas os serviços essenciais devem funcionar) até a azul (de maior controle da pandemia).

No mês passado, a equipe de Doria criou a "fase emergencial", para todo o território paulista, com mais restrições do que a vermelha. Uma delas era uma espécie de toque de recolher, para conter aglomerações das 20h às 5h. Agora, é a vez da "fase de transição".

Inicialmente, a fase de transição deveria durar duas semanas —mas está indo para a quarta. As regras desta nova etapa são até mais permissivas do que a fase laranja, instituída para quando a ocupação de leitos de UTI fosse inferior a 80%, de acordo com as regras iniciais do Plano São Paulo.

De acordo com o Centro de Contingência, quedas nos três principais indicadores principais permitiram que o estado fizesse essa flexibilização. Segundo a Secretaria de Saúde, o estado registrou, nesta semana em relação à anterior:

  • diminuições de 10,8% nos novos casos diários,
  • de 0,4% em novas internações e
  • de 13,5% em óbitos.

A taxa de ocupação de UTIs para covid no estado estava em 78,3% até a noite de sexta, e 57,4% em enfermarias. São Paulo já soma 2,9 milhões de casos da doença e quase 100 mil mortes (99.989).

Errata: este conteúdo foi atualizado
Ao contrário do que dizia a reportagem, o toque de recolher agora começa às 21h e não às 20h. O erro já foi corrigido.