Rio registra morte de cachorro por raiva; casos não aconteciam desde 1985
A Prefeitura do Rio de Janeiro diagnosticou um caso positivo de raiva em um cachorro da Baixada Fluminense na última segunda-feira (9). Desde 1985 não havia notificações da doença em cães e gatos na capital fluminense.
De acordo com o tutor do animal, o cão teve contato com um morcego no dia 26 de março, mas só apresentou os primeiros sintomas da doença, como baba e falta de coordenação, na semana passada. O pet chegou a ser levado a dois veterinários, mas não resistiu.
Apesar de o animal viver na cidade de Duque de Caxias, o dono costumava passear com ele por bairros do Rio, como Jardim América. O local faz divisa com o município da Baixada Fluminense.
Segundo a Comissão de Defesa dos Animais da Câmara de Vereadores carioca, 390 mil animais foram vacinados contra raiva no ano passado. Esse número está abaixo do recomendado (520 mil).
Em 2019, o Rio não realizou a campanha anual de imunização porque o Ministério da Saúde teve problemas na produção da antirrábica.
Rio intensificará vacinação
Por conta do surgimento do caso, a capital fluminense vai intensificar a vacinação em pontos próximos ao local onde o cão foi contaminado. Neste sábado (15), das 9h às 15h, a prefeitura vai montar pontos em Jardim América, Parada de Lucas e Vigário Geral.
O presidente da comissão, vereador Luiz Ramos Filho (PMN), ressaltou a importância da vacinação.
"A vacina é gratuita. Se não der para levar no sábado, durante a semana tem vacinação permanente no Instituto Jorge Vaitsman e no Centro de Controle de Zoonoses em Santa Cruz. Não deixe de vacinar o seu animal, raiva mata", alerta.
Depois dos primeiros sintomas o animal deixa de beber água, baba e tem o chamado latido bitonal (um grave e um agudo). Com a evolução, o bicho apresenta falta de coordenação motora e alteração da visão e da audição, o que provoca irritabilidade e fúria.
A raiva pode ser transmitida por cães, gatos e morcegos por contato com a secreção infectada. O mais comum é o contágio por mordida ou arranhão de cão e gato.
Em junho de 2020, um adolescente de 14 anos morreu em Angra dos Reis, na Costa Verde fluminense, após ser atacado por um morcego.
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