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Funcionário do Metrô sofre acidente de trabalho durante greve em SP

19.mai.2021 - Greve de metroviários paralisa operação de algumas linhas de metrô em São Paulo - Anahi Martinho/UOL
19.mai.2021 - Greve de metroviários paralisa operação de algumas linhas de metrô em São Paulo Imagem: Anahi Martinho/UOL

Do UOL, em São Paulo

20/05/2021 20h53Atualizada em 21/05/2021 02h07

Um funcionário do Metrô de São Paulo sofreu um acidente de trabalho ontem durante a greve da categoria.

De acordo com nota publicada pelo Sindicato dos Metroviários na noite de hoje, a companhia de transporte teria convocado trabalhadores para desempenhar funções que não possuíam treinamento. O acidente aconteceu com um funcionário de supervisão das estações de trem.

"Na paralisação ocorrida na quarta-feira (19/5), o funcionamento do Plano de Contingência provocou um grave acidente que quase causou a morte de um OTM3", diz comunicado.

"Informações recentes mostram que ele teve fratura no quadril e precisará passar por cirurgia. Sofreu escoriações na cabeça e em outras partes do corpo."

Em nota, o Metrô afirmou que operou parcialmente por meio do Plano de Contingência e que o funcionário em questão era capacitado.

"Um funcionário, com curso e capacitado para desempenhar a função que exercia, sofreu um acidente de trabalho. O Metrô está analisando as imagens para entender quais foram as causas desta ocorrência e presta todo o apoio ao funcionário."

A companhia ainda informou que um boletim de ocorrência foi realizado na Delegacia de Polícia do Metropolitano (DELPOM).

Greve dos metroviários

A decisão pela greve havia sido tomada na terça (18) após nenhum representante da administração pública comparecer a outra audiência no TRT, segundo relata a entidade. Com previsão inicial para durar 24 horas, a greve teve início à 0h e afetou o funcionamento de linhas cuja operação é feita pelo Estado: 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata.

O Sindicato dos Metroviários alega que os salários estão congelados há dois anos, sem reajuste pela inflação e com perda real calculada em cerca de 10%. Também afirmam não receber a Participação nos Resultados (PR) referentes aos anos de 2019 e 2020.

Já a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, do governo estadual, diz que o reajuste proposto de 2,61%, além de benefícios, representa "excelentes condições", especialmente durante a pandemia de covid-19.

Durante a audiência de conciliação com o MPT (Ministério Público do Trabalho) e o TRT, os metroviários decidiram aceitar as propostas da companhia e suspender a greve.

O Metrô (Companhia Metropolitana de São Paulo), contudo, disse que não pode aceitar a proposta "nos termos em que foi formulada". Então uma nova assembleia será realizada na próxima terça-feira (25) para avaliar a situação.