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Estudante morreu intoxicada no mesmo prédio de casal no Leblon, diz jornal

Casal foi achado morto no Leblon; ambos tinham 30 anos - Reprodução/Instagram
Casal foi achado morto no Leblon; ambos tinham 30 anos Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

25/06/2021 11h14Atualizada em 25/06/2021 11h26

O condomínio em que Mateus Correia Viana e Nathalia Guzzardi Marques, ambos de 30 anos, foram encontrados mortos já havia enfrentado uma outra ocorrência semelhante há 9 anos. Uma estudante de Araçatuba, no interior de São Paulo, identificada como Camila Paoliello Ribeiro, de 24 anos, foi encontrada morta no dia 11 de setembro de 2012 caída dentro do box com o chuveiro ligado no mesmo andar do casal, conforme informou o jornal O Globo.

Segundo a publicação, a causa da morte da jovem foi dada como "intoxicação exógena por monóxido de carbono". Um laudo complementar do exame de necropsia concluiu que a causa de sua morte foi a intoxicação por "ação química". O documento foi expedido em 22 de agosto de 2013,

Ainda segundo o jornal, a legista que assinou o documento atestou a detecção de carboxihemoglobina no sangue acima de 40%, o que provoca, dentre demais sintomas, a chance de colapso e síncope.

Na época, a ocorrência foi feita na 14ª DP (Leblon) e, segundo o registro, a polícia foi acionada para ir ao condomínio por volta das 8h. Camila foi encontrada desacordada por um amigo, que havia ido ao Rio passar o fim de semana. O jovem relatou na delegacia que decidiu ver o que tinha acontecido com a amiga já que ela demorava muito tempo no banho. Foi então que ele a encontrou caída no box e com o chuveiro aberto.

Ontem, a Naturgy, empresa que notifica os moradores sobre a necessidade da inspeção periódica de gás de residências e estabelecimentos, informou ao UOL que o apartamento de Mateus Correia Viana não havia passado pelo procedimento.

Segundo a empresa, o prazo para a realização da inspeção havia sido prorrogado para março de 2023 por conta da pandemia. Quem realiza a inspeção são companhias contratadas pelos próprios clientes. Elas devem ser habilitadas pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) para realizar a vistoria.

O exame de necropsia feito no casal encontrado morto na noite de ontem apontou "sinais gerais de asfixia, como coloração carminada dos tecidos, sugestivo de intoxicação exógena", o que reforça a tese de que os dois morreram em decorrência da concentração de monóxido de carbono no cômodo.