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Carta encontrada com Lázaro indica detalhes de chacina que despertou buscas

Colaboração para o UOL, em São Paulo

05/07/2021 12h04

Uma carta encontrada com Lázaro Barbosa no dia da morte dele pode indicar alguns detalhes de como pode ter ocorrido a chacina no Distrito Federal em que morreram quatro membros da família Vidal. Lázaro foi morto na segunda-feira (28) durante uma operação da Policia Militar que durou 20 dias.

O cara tava armado e, antes de eu conseguir enquadrar a vítima, ainda conseguiu avisar uma pessoa, que quando eu vi já foi só tiros."

Além da declaração acima, há um trecho no qual o então fugitivo disse que estava sem munição.

Já tive dois confrontos. Tô zerado de munição... Pra pegar pra mim, eu vou te adiantar 500 reais."

Ao "Fantástico", da TV Globo, a Polícia Civil diz acreditar que Lázaro escreveu a carta para um colega, a quem também seria solicitada a munição. A investigação também indica que Lázaro tenha recebido ajuda de um fazendeiro a quem a família Vidal devia dinheiro.

"Considerando que havia um laço anterior, que Lázaro já era conhecido pelo proprietário [Elmi Caetano Evangelista] e na entrevista [depoimento à polícia] o proprietário fala que aquela família devia um dinheiro a ele, nós não descartamos a hipótese de que ele tenha, realmente, usado Lázaro para cobrar a dívida e, não recebendo, matar aquelas pessoas", contou a delegada Rafaela Azzi.

Lázaro Barbosa, cuja busca mobilizou centenas de agentes - Reprodução - Reprodução
Lázaro Barbosa, cuja busca mobiliza centenas de agentes
Imagem: Reprodução

"Se entrar é tiro na cabeça"

A noite que antecedeu a morte de Lázaro Barbosa ainda teve uma "conversa" entre o fugitivo e os policiais.

Em uma reconstituição do caso junto à TV Globo, um dos policiais disse que avistou Lázaro em um bairro periférico de Águas Lindas de Goiás (GO).

"Ele estava naquele local quando correu e tomou essa direção", contou o policial, apontando para a mata onde Lázaro estava escondido.

A gente falou para ele se entregar, aí ele só falou: 'se entrar, é tiro na cabeça', mas não víamos mais ele porque a mata era muito densa."

"Tivemos a sensação de que havia chegado a hora [da prisão]. Cada vez mais fazer um cerco preciso e na manhã fazer prisão", falou o policial.