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Caso Henry: Justiça mantém prisão preventiva de Jairinho e Monique Medeiros

Dr. Jairinho e Monique Medeiros em foto no sistema prisional  - Divulgação/Seap
Dr. Jairinho e Monique Medeiros em foto no sistema prisional Imagem: Divulgação/Seap

Do UOL, no Rio

20/07/2021 13h41

A Justiça do Rio de Janeiro negou pedido da defesa e manteve a prisão preventiva (com prazo indeterminado) de Monique Medeiros e do ex-vereador Dr. Jairinho (sem partido), mãe e padrasto do menino Henry Borel. O casal é réu após ser denunciado pela morte da criança de quatro anos no dia 8 de março.

Segundo o juiz Daniel Werneck Cotta, em exercício no 2º Tribunal do Júri, "os crimes imputados teriam sido cometidos com extrema covardia e agressividade e, portanto, a liberdade dos acusados poderia causar justificável temor às testemunhas, impedindo seu comparecimento."

O juiz pontuou que o casal é suspeito de ter coagido testemunhas. Na decisão, Cotta cita que os acusados teriam forçado as testemunhas a "mentir/e ou omitir" informações quando prestaram depoimento à polícia.

De acordo com o juiz, além do crime de coação, Jairinho e Monique são acusados de fraude processual, com indícios de que eles tentaram influenciar as investigações.

Cotta ainda recorda que, quando do cumprimento dos mandados de prisão temporária, o casal não estava nos endereços fornecidos por eles às autoridades.

"As imputações destacadas sugerem, ainda, a vontade de não se submeter à persecução criminal, evidenciando contrariedade à eventual aplicação da lei penal, que também deve ser assegurada pela prisão preventiva", afirmou o juiz.

MP quer indenização de R$ 1,5 mi a pai de Henry

Na decisão, Cotta recebeu um aditamento à denúncia apresentado pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro). Além da condenação, o MP requer o pagamento de indenização de ao menos R$ 1,5 milhão por danos causados ao pai de Henry, Leniel Borel.

O MP-RJ denunciou Jairinho por homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunha. Já Monique foi acusada de homicídio triplamente qualificado na forma omissiva, tortura omissiva, falsidade ideológica e coação de testemunha.

Monique Medeiros e Dr. Jairinho negam envolvimento no assassinato da criança.