Vereador dr. Jairinho tem mandato cassado na Câmara do Rio
A Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou na noite de hoje a cassação do mandato do vereador dr. Jairinho (sem partido). Foram 49 votos a favor da cassação e uma abstenção. Eram necessários os votos de 34 vereadores —ou dois terços da Câmara.
Jairinho está preso desde abril sob a acusação de ter matado o menino Henry Borel, 4 anos, filho de sua companheira Monique Medeiros — ela também segue presa.
A sessão no plenário foi marcada depois que o Conselho de Ética da Câmara dos Vereadores aprovou, por unanimidade, o relatório recomendando a cassação do mandato do político.
Segundo Luiz Carlos Ramos Filho, relator do processo, os inquéritos policiais trazem fortes elementos de outros crimes além do homicídio de Henry, como casos de tortura contra outras crianças, tentativa de tráfico de influência e diversas lesões corporais. Para o relator, há "robustas evidências de envolvimento do representado [Dr. Jairinho] no crime que vitimou o menor [Henry]".
O relatório destacou ainda as tentativas de Jairinho obstruir as investigações, tentando fazer com que o corpo de Henry fosse liberado pelo Hospital Barra D'Or sem ser enviado ao IML (Instituto Médico-Legal) e sua abordagem ao governador Claudio Castro, o que o relator viu como uso do cargo de vereador em benefício pessoal.
Ramos entregou o parecer aos demais membros em reunião no dia 18 de junho. Os advogados de Jairinho protocolaram sua defesa junto ao Conselho de Ética na última sexta-feira (25).
Jairinho já foi expulso do partido Solidariedade e do Conselho de Ética da Câmara Municipal. Ele foi substituído pelo vereador Luiz Ramos Filho, que acabou sendo escolhido como relator do processo de cassação. Jairinho também foi afastado do cargo de vereador em 9 de maio, quando completou um mês preso.
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