Companheira de mulher que confessou ter matado o filho no RS é presa
A companheira da mulher que confessou ter dopado e matado o filho de 7 anos em Imbé, no litoral do Rio Grande do Sul, e jogado o corpo da criança em um rio, foi presa ontem pela Polícia Civil.
Segundo o delegado Antônio Carlos Ractz Jr., responsável pelo caso, o conteúdo armazenado nos smartphones das duas que foram apreendidos para investigação mostram que ela "concorreu para a prática dos crimes, em tese, de tortura e homicídio". A prisão temporária vale por 30 dias.
Em um dos vídeos divulgados pela Polícia Civil, o menino, chamado de Miguel, aparece dentro de um armário, descalço. De acordo com a polícia, o menino era mantido amarrado em casa. A madrasta abre a porta e conversa com o garoto.
"Por que quando a tua mãe está aqui tu se joga? E dá com a tua cara no armário sendo que comigo agora eu abri e tu botou o teu pé direito pra sentar?", pergunta ela.
O menino responde, com a voz baixa: "É porque com ela eu acho que daí ela me ajuda. Com ela eu tento me aparecer de todos os jeitos pra ela dizer: 'não, vou deixar ele solto, porque olha, ele não consegue segurar o xixi e ele preso ele não consegue ir no banheiro sozinho, ele precisa avisar e ele não tá avisando, então eu vou deixar ele solto'".
O vídeo termina com a madrasta dizendo que vai "cuidar" do garoto. "Se a tua mãe chegar e tu te mijar eu te desmonto a pau. Eu te desmonto, eu te desmonto, eu te desmonto e tu vai sair todo quebrado, se tu se mijar eu pego o teu mijo e esfrego na tua cara. Tu tá entendendo? E vai ser bem tranquilo pra mim", diz ela.
Mãe confessou crime na sexta
A mãe da criança, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, de 26 anos, confessou o crime e foi presa, na sexta-feira (30). Ela procurou a delegacia para registrar o desaparecimento do menino, mas acabou confessando o crime. A polícia investigava o envolvimento da companheira da mulher no crime.
Ainda segundo a Polícia Civil, a mulher teria dado remédios para a criança, que vivia sob intensa tortura física e psicológica
O corpo do menino Miguel ainda não foi localizado, mas prosseguem as buscas pelo Corpo de Bombeiros Militar, Comando Ambiental da Brigada Militar e Marinha do Brasil.
A mala de rodinhas que a mãe teria usado para transportar o corpo do menino até o rio já foi apreendida.
Ela deve ser indiciada por homicídio qualificado (meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima) com majorante (praticado contra pessoa menor de 14 anos) e agravante (cometido contra descendente), ocultação de cadáver e resistência.
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