Advogado de Elize Matsunaga alega erro no julgamento: 'Já estaria solta'
A defesa de Elize Matsunaga, condenada por matar o empresário Marcos Matsunaga, então presidente da Yoki, revelou que a pena da acusada poderia ter sido menor se não fosse por um erro de um jurado na época do julgamento, em dezembro de 2016.
Em entrevista para o podcast Achismos, de Maurício Meirelles, Luciano Santoro afirmou que o jurado confessou o erro após a votação. "Um jurado errou o voto e depois me contou. Foi na hora de votar o privilégio. Se ela teria assassinado depois de uma injusta provocação da vítima não é legitima defesa, é privilégio. Ela teria diminuição de pena", explicou.
"Ele colocou voto errado na urna, no meio da sala secreta, ele falou alguma coisa, a júri olhou e seguiu o jogo. Ele já tinha colocado o voto, não pediu para cancelar. Depois ele veio contar para a gente que ele queria ter posto o voto favorável a defesa e ele colocou não."
O suposto erro teria mudado completamente os rumos de Elize Matsunaga. "Era para ter sido 4x3 [a questão do] privilégio. Isso deixaria de ser homicídio qualificado, ela já estaria solta há não sei quanto tempo, teria diminuído a pena dela em até um terço", contou Santoro.
O UOL entrou em contato com o MP-SP (Ministério Público de São Paulo) para um posicionamento e aguarda um retorno.
Relembre o crime
Elize Matsunaga foi condenada a 19 anos e 11 meses de prisão após a morte do marido em um júri popular. O crime aconteceu em maio de 2012 e Elize foi presa preventivamente em junho de 2012 na Penitenciária de Tremembé, no interior paulista. A condenação aconteceu em dezembro de 2016.
Além do crime de destruição e ocultação de cadáver, Elize foi considerada culpada pelo corpo de jurados formado por quatro mulheres e três homens por uma das três agravantes do crime de homicídio que constavam na denúncia do Ministério Público: impossibilidade de defesa da vítima (tiro de curta distância).
Marcos Matsunaga foi morto no duplex de pouco mais de 500 metros quadrados onde o casal morava com a filha de um ano, na Vila Leopoldina, com um tiro de pistola 380 efetuado por Elize. Em seguida, teve o corpo seccionado em sete partes que acabaram espalhadas pela mulher na região de Cotia, na Grande São Paulo.
Neste ano, a Netflix lançou a série "Elize Matsunaga: Era Uma Vez Um Crime", que aborda os bastidores do julgamento da acusada. A produção possui quatro episódios e trouxe a primeira e única entrevista realizada até hoje com Elize.
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