Polícia acha 300 kg de material explosivo em garimpo onde empresária morreu
Uma equipe da Gerência de Operações Especiais da Polícia Civil de Mato Grosso encontrou 300 kg de emulsão explosiva e 1,5 mil metros de cordel detonante no garimpo onde a estudante de Engenharia de Minas, Daniella Dalffe, de 28 anos, morreu após uma explosão na manhã de ontem, em região conhecida como Serrinha, a 18 km de Guarantã do Norte (MT).
De acordo com a assessoria da Polícia Civil, ainda não há informações sobre a origem dos explosivos e o que pode ter causado o acidente, já que a investigação está na fase inicial.
Daniella era blaster, como são chamadas as pessoas que atuam na detonação dos explosivos, na empresa dos pais, que fornecia esse tipo de serviço.
Ao UOL, a amiga dela, Saruy Virgínia Moraes, contou que ela era uma das poucas mulheres do Brasil nesta profissão.
"Atuava nisso há anos e adorava. Ela gostava muito dessa área de detonações. Sempre postava o trabalho no Instagram", lembra
O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta de 8h para atender a ocorrência. Dani, como era conhecida entre os amigos e familiares, e o garimpeiro Mário Caldeira, de 49 anos, já haviam tido os corpos parcialmente carbonizados quando o resgate chegou no local.
Mário era morador de Novo Progresso, no Pará. A área precisou ser isolada por risco de novas explosões, já que grande quantidade de material detonante foi encontrado no garimpo.
Uma equipe da GOE foi para Guarantã do Norte para "análise de risco e manuseio dos explosivos". A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar o incidente. O delegado Geraldo Gezoni Filho é responsável pelas investigações sobre a explosão no garimpo.
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