Após assalto em Araçatuba, polícia reforça policiamento em rodovias de SP
Desde ontem a Rodoviária Militar Rodoviária reforçou o patrulhamento em vias que cruzam a região de Araçatuba, no interior de São Paulo. A medida foi adotada para tentar impedir que integrantes da quadrilha que atacou bancos na cidade possam fugir para outros estados.
O UOL apurou com fontes na corporação que todo o efetivo administrativo foi escalado para trabalho externo. Os policiais que compõe a equipe do Tático Ostensivo Rodoviário também foram acionados.
Além da preservação dos locais onde foram encontrados carros abandonados pela quadrilha, a ordem é abordar veículos que apresentem qualquer sinal de suspeita. O pente fino nas rodovias estaduais segue por tempo indeterminado, afinal, existe a possibilidade de que parte dos criminosos ainda esteja na região.
A Polícia Rodoviária Federal também emitiu um alerta interno para os agentes de fiscalização. A orientação é para que qualquer veículo suspeito que passe pela BR-153, que liga São Paulo com o Sul e o Cento-Oeste, seja abordado durante as fiscalizações.
Investigações
Desde a tarde de ontem, as investigações estão sob responsabilidade da Polícia Federal. Essa decisão está ligada ao fato de o alvo principal da quadrilha ser uma unidade do Banco do Brasil, além da agência da Caixa Econômica Federal ter sido atacada pelos criminosos.
"Estamos colocando à disposição os meios que temos da Polícia de São Paulo para apoiar as investigações da Polícia Federal", disse o secretário de Segurança Pública de São Paulo, General Campos.
"Nesses momentos de pavor, a minha opinião é que as forças de segurança tenham que agir de maneira coesa, de forma conjunta. Mas, toda a ajuda neste momento seja material, humana ou de conhecimento é sempre bem-vinda", afirmou o delegado federal de Araçatuba, Frederico Franco Rezende.
Falta de alinhamento
Apesar do discurso de alinhamento e colaboração, o professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e especialista em segurança, Rafael Alcadipani, não acredita que os trabalhos serão, de fato, integrados.
"Embora devessem se unir, as polícias têm culturas diferentes e recursos diferentes. Falta uma articulação verdadeira entre as esferas nacional, estadual e municipal".
O especialista em segurança defende que o ataque registrado em Araçatuba reforça que o país está muito longe de conseguir combater o crime organizado de forma efetiva.
"A união entre as polícias é uma grande utopia no Brasil. Enquanto o crime é multinacional, a investigação é individual e localizada".
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