Juiz que expediu mandado recebe voz de prisão por engano; PM apura erro
Um juiz de Curitiba foi surpreendido quando policiais foram até a sua casa e deram voz de prisão para ele. Confuso, ele pediu para que o mandado de prisão fosse apresentado. O documento, mostrado em um print no celular de um dos policiais, havia sido assinado por ele horas antes. Seu nome estava no campo de "juiz expedidor" do documento. A Polícia Militar apura a conduta dos agentes.
O caso envolvendo o juiz Eduardo Lino Bueno Fagundes Júnior, que atua 1ª Vara de Execuções Penais de Curitiba, aconteceu no dia 26 de agosto. Em nota, o TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná) confirmou o caso e afirmou que vai instaurar uma investigação na Comissão Permanente de Segurança para apurar o ocorrido.
O órgão prestou solidariedade ao juiz e reafirmou que não há mandado de prisão contra o magistrado.
O Comando-Geral da PM informou, também em nota, que "tão logo recebeu informação sobre a ocorrência, um procedimento administrativo foi instaurado para apurar as circunstâncias do fato".
Segundo apurado pelo UOL, o alvo do mandado já estava preso por outra acusação. O que intriga o TJ é o fato de que o endereço do magistrado não estava no documento, já que ele não era alvo. Os policiais tiveram que pesquisar o endereço do juiz.
Outro ponto questionado é o fato de os policiais terem apresentado um print do documento em uma tela de celular, o que não condiz com o protocolo. Segundo o TJ, o procedimento correto é levar duas vias impressas do documento para a abordagem.
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