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Assalto termina com morte de adolescente e pedreiro em casa de Itanhaém

Maurício Businari

Colaboração para o UOL, em Santos

25/09/2021 21h04Atualizada em 26/09/2021 11h54

Um homem e um adolescente armados invadiram uma residência na noite de sexta-feira em Itanhaém, litoral de São Paulo, e balearam um pedreiro, de 44 anos, que trabalhava na reforma da casa, além da dona do imóvel e as duas filhas — o pai das meninas não estava no imóvel.

O prestador de serviço e a filha mais velha da proprietária, de 17 anos, morreram poucas horas após crime. Ambos tinham ferimentos na cabeça, segundo informações da Polícia Militar e do hospital que os atendeu.

O pedreiro ferido estava amarrado quando a equipe da PM chegou ao local. As vítimas foram socorridas pelos policiais e levados ao Hospital Regional de Itanhaém. Os assaltantes fugiram no carro da família e foram capturados horas depois, em uma pensão da cidade.

A mulher e a filha mais nova, de 12 anos, sobreviveram e foram transferidas para o Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande. A mãe teve que ser transferida novamente para um hospital da capital paulista, e os médicos informaram que sua condição é estável.

A menina passou hoje por uma cirurgia de emergência e também deve ser transferida para um hospital de São Paulo. Seu estado é grave, segundo a reportagem apurou no Hospital Irmã Dulce.

Uma câmera de monitoramento instalada na rua Francisco Teodoro Ramos, no bairro Suarão, onde ocorreu o crime, mostra o momento em que dois suspeitos caminham em direção à residência da família. Um veículo prata, que a polícia suspeitou ter sido usado para dar cobertura aos criminosos, também passa pela rua, em sentido contrário.

Veículo ajudou na busca por suspeitos

Após o socorro às vítimas, os policiais militares iniciaram as buscas pelos autores do crime. Informações recebidas pela polícia indicavam que os suspeitos estavam hospedados em uma pensão da cidade, no bairro Ivoty.

Ao chegarem ao local, os policiais encontraram os dois suspeitos do latrocínio. Um deles é menor de idade e o outro, de 22 anos, que, segundo a polícia, chegou a confessar aos PMs ter atirado contra as vítimas, já tinha passagem pela polícia e era procurado por roubo. Ele havia se beneficiado de uma "saidinha" de Natal, mas não retornou ao presídio na data combinada.

De acordo com a polícia, ele disse que atirou porque as vítimas — o pedreiro e a mãe das adolescentes — teriam reagido. Com a dupla, foram apreendidos uma arma, celulares, relógios e joias.

O carro foi detido pela PM no km 322 da rodovia Padre Manoel da Nóbrega, em direção a São Paulo. Um homem e duas mulheres que estavam no veículo são suspeitos de participação no roubo. Segundo informações da PM, os cinco envolvidos no crime são moradores do bairro do Grajaú, na zona sul da capital paulista.

Em nota, a SSP (Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo) informou que as duas mulheres detidas têm 20 e 26 anos, respectivamente, e o homem detido no carro tem 27 anos.

A SSP disse também que os suspeitos encontrados na pousada informaram a localização do automóvel onde estava o restante do grupo. "O suspeito de 22 anos confessou ser o autor dos disparos. A arma usada no crime — um revólver calibre 38 — foi apreendida com eles, bem como a chave de um carro que haviam subtraído anteriormente".

Segundo o órgão, o caso foi registrado como latrocínio, ato infracional pelo mesmo crime, tentativa de roubo, captura de procurado, apreensão de adolescente e corrupção de menor no plantão permanente da cidade, e encaminhado ao 3º DP, que dará continuidade às investigações.

Latrocínio é considerado como crime hediondo e tem pena prevista de 20 a 30 anos de reclusão e multa.