Babá de Henry muda depoimento novamente e diz que nunca viu agressões
Thayna de Oliveira Ferreira, a babá de Henry Borel, morto aos 4 anos em março, mudou novamente a versão durante a primeira audiência realizada ontem e afirmou que nunca viu o padrasto do garoto agredi-lo. A mãe da criança, Monique Medeiros, e o ex-vereador do Rio Dr. Jairinho respondem por homicídio triplamente qualificado.
Antes de prestar o depoimento, Thayna pediu para que Monique fosse retirada da sala. As justificativas dada por Thayna foi de ter sido manipulada e de se sentir ameaçada por Monique, que, segundo ela, tentava construir uma imagem ruim do vereador Jairinho. A mãe de Thayna ainda trabalha para família de Jairinho. As imagens do depoimento foram veiculadas pela TV Globo.
Hoje, depois de tudo o que passei e vim observando, pensando, refletindo... eu tenho medo da Monique
Durante sua fala, Thayna alegou que a mãe do garoto a teria manipulado para que ela acreditasse que Jairinho agredisse Henry.
Eu me senti usada pela Monique nesse determinado tempo. Me senti usada no sentido de ela vir e tentar me mostrar o monstro do Jairinho e eu ficava com todas as coisas ruins. Era tudo suposição da minha cabeça. Eu nunca vi nenhum ato
A babá defendeu que nunca presenciou nenhuma agressão de Jairinho e que poderia estar "imaginando" as violências por influência de Monique.
No meu entendimento, era a Monique que me fazia acreditar em muita coisa. Então, por isso, [com] a minha cabeça transtornada, eu começava a imaginar um monstro. No quarto poderia não estar acontecendo nada. E eu estava imaginando um monte de coisa.
Em primeiro depoimento à polícia no início do ano, Thayna afirmou que Monique e Jairinho tinham uma relação harmoniosa. No entanto, conversas por meio do WhatsApp chamaram atenção da Polícia Civil na ocasião. Em um dos textos, a babá dizia à mãe da criança, cerca de um mês antes do crime, que o menino vinha sofrendo uma "rotina de violência" com chutes e rasteiras desferidas pelo padrasto.
O novo depoimento não convenceu o Ministério Público do Rio, nem a defesa de Monique, que pediu a prisão em flagrante por falso testemunho. O MP disse que o depoimento foi contrário às provas periciais e que vai levar o conteúdo para uma investigação da polícia.
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