Passageira afirma que confusão em guichê da Gol foi 'ato de desespero'
Kênia Leandra Lopes, de 39 anos, afirmou que se arrepende da confusão causada por ela e pelo marido, Alexandre Wagner Lopes, em um guichê da companhia Gol. Os dois protagonizaram um vídeo que mostrou gritos e quebra-quebra no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, após um voo que ia até Confins, em Belo Horizonte, retornar ao local pelo mau tempo na capital mineira, o que impediu o pouso da aeronave.
Apesar de admitir o excesso, em entrevista ao programa MG2, da filial da TV Globo em Minas Gerais, a passageira explicou que sentiu "descaso" da parte da companhia, já que o casal teve que esperar por mais de 7 horas no aeroporto paulista, com o filho de 5 meses, sem que a empresa desse respostas sobre um novo voo ou transporte dos clientes para hotéis, em plena madrugada de 1° de novembro.
Eu me arrependo, porque eu não sou esse tipo de pessoa, eu nunca agi assim. Porém, como mãe, a gente vendo toda aquela situação ali, 12 horas dentro do aeroporto, com um bebê, sem nenhum recurso, sem nenhuma informação se ia ou não liberar (...) eu realmente surtei. Mas não foi porque eu queria fazer isso, foi um ato de desespero.
Na declaração à emissora local, a passageira somou as horas entre o primeiro embarque e a confusão que viralizou nas redes sociais. Em condições normais, a viagem de Guarulhos até Confins levaria cerca de 1h10.
E a confusão ainda ganhou mais um elemento: Kênia e o marido foram levados para um hotel e a passagem para Belo Horizonte foi remarcada para o dia seguinte à confusão, na terça-feira (2). Mas, ao chegarem ao aeroporto para o novo embarque, a família foi informada por quatro agentes da Gol de que os dois "não eram bem-vindos" em voos da companhia.
O casal e o filho voltaram para a capital mineira em avião de outra operadora. Eles ainda terão que pagar R$ 5 mil pelos danos materiais causados, mas declararam à Globo Minas que também pretendem entrar com processo contra a empresa.
Em nota enviada ao UOL na noite de hoje, a empresa reafirmou que "ofereceu o suporte necessário a todos os clientes com alimentação e acomodação em hotéis na região metropolitana de São Paulo", para que eles seguissem viagem apenas no dia seguinte, mas admitiu que "alguns clientes, por motivo de segurança, seguiram em voos de outras companhias para Confins".
"A GOL reforça que todos os procedimentos adotados a partir da necessidade de retorno à base de Guarulhos foram realizados com foco na segurança, valor número 1 da companhia", completou o comunicado. A companhia não respondeu aos questionamentos sobre o tempo de espera alegado por Kênia.
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