Tentativa de assalto a banco no PR tem seis suspeitos mortos, diz PM
Uma tentativa de assalto em uma agência bancária de Três Barras do Paraná (PR) resultou na morte de seis suspeitos na madrugada de hoje, conforme informou a Polícia Militar ao UOL. Dois suspeitos seguem foragidos.
Segundo a corporação, os criminosos, identificados como parte do "novo cangaço", chegaram à cidade durante a madrugada e bloquearam, com árvores, todas as rodovias que dão acesso ao município. As agências do Banco do Brasil e a Cooperativa do Sicredi, a cerca de 700 metros uma da outra, foram os alvos da ação, que foi registrada em vídeos.
Os suspeitos estavam divididos em dois grupos: quatro se dirigiram ao Banco do Brasil em um veículo Honda/HRV roubado e os demais suspeitos atacaram a Cooperativa Sicredi, utilizando um veículo Renault/Fluence carrregado com explosivos.
Ao chegar no local, a polícia afirma ter sido recebida com tiros por suspeitos fortemente armados. Cinco deles foram mortos no local, enquanto um outro chegou a ser socorrido em um hospital do local, mas não resistiu aos ferimentos. Dois seguem foragidos.
No total, foram aprendidos três fuzis (sendo dois 556 e um AK 47), duas armas calibre 12, uma pistola, uma Glock, coletes à prova de balas, diversos carregadores municiados e um carregador caracol com capacidade para 100 munições. Além disso, a polícia ainda informou haver explosivos nos corpos dos criminosos e nos veículos utilizados na ação criminosa.
A Prefeitura de Três Barras do Paraná informou que as vias próximas ao local foram fechadas para vistoria do Esquadrão Antibombas, que foram de Curitiba até o local. Nenhum explosivo foi acionado durante o dia de hoje e por volta das 15h as vias foram liberadas. Não há registros de feridos, segundo o município.
A resposta da PM se deu por meio de uma operação de inteligência que envolveu unidades da Corporação da região e de Curitiba. As equipes policiais, que já estavam na cidade e sabiam dos planos do grupo, reagiram ao assalto. Um dos suspeitos estava com explosivos no corpo e no momento do confronto houve o acionamento do material.
O Comandante-Geral da PM, coronel Hudson Leôncio Teixeira informou durante coletiva de imprensa que a ação dos criminosos está sendo monitorada desde julho.
Esses mesmos criminosos roubaram bancos por duas vezes em Campo Bonito, além de São Carlos do Ivaí e Mariluz. Após essas situações, foi iniciado um trabalho em conjunto com vários setores da Polícia Militar e houve o monitoramento desses alvos. Nossas equipes já estavam há uma semana na região acompanhando de forma velada a movimentação dos autores.
O prefeito Gerso Gusso (PL-PR) publicou um vídeo agradecendo aos órgãos de segurança pública que, segundo ele, "inibiram [o crime] não deixando que a cidade sofresse uma situação tão adversa quanto em outras cidades."
Imagens que circulam as redes sociais mostram a ação durante a madrugada. Em uma das cenas, um morador identifica que os homens estavam armados com fuzis. Outra cena, captada por uma câmera de segurança, mostra o momento em que quatro integrantes do grupo param o carro em frente à agência e atiram.
Araçatuba e Varginha
No dia 30 de agosto, um mega-assalto a três agências bancárias ocorreu em Araçatuba, no interior de São Paulo. Homens armados com fuzis explodiram caixas eletrônicos, usaram reféns como escudos humanos na fuga, espalharam explosivos pelas ruas, incendiaram veículos para isolar a cidade e ainda usaram drones para monitorar a ação.
De acordo com a SSP, foram deixados explosivos em ao menos 14 pontos da cidade. Um deles foi detonado quando um homem de 25 anos passou pelo local. A vítima sofreu amputações nos dois pés e teve dedos das mãos cortados. A Polícia já efetuou a prisão de 16 pessoas que teriam envolvimento com o caso.
No domingo (31), uma operação conjunta entre as polícias Militar e Rodoviária Federal terminou com a morte de 25 suspeitos de estarem planejando assaltos a banco na cidade de Varginha (MG).
Especialistas veem semelhanças no tipo de armamento e na estratégia adotada pelos suspeitos. Eles estavam escondidos em duas chácaras onde arquitetavam um roubo aos moldes do que a polícia chama de "novo cangaço", tática também conhecida como "domínio de cidades". A ação seria semelhante ao ataque na cidade paulista, quando foi planejado um roubo de R$ 90 milhões.
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