Mãe denuncia agressões de ex após receber foto da filha segurando arma
Um homem é suspeito de enviar para a ex-mulher uma foto de uma das filhas, de apenas 4 anos, segurando uma arma de fogo. O pedido de prisão preventiva do pai está em análise no Tribunal de Justiça de Goiás após a mãe, que recebeu a imagem por meio de um aplicativo de mensagens, registrar um boletim de ocorrência.
A mulher, que mora no município de Jandaia (GO), relatou em depoimento que sofre com episódios de violência doméstica que continuaram mesmo após a separação do casal, em meio às tentativas fracassadas de reconciliação por parte do ex-companheiro.
Segundo a mãe, ao receber a foto da filha mais velha com a arma de fogo em mãos, enviada pelo ex, ela se desesperou e decidiu seguir com a separação. A vítima relatou que então passou a receber mensagens do ex-companheiro ameaçando matá-la caso dificultasse o acesso dele às filhas.
Em uma das mensagens, ele diz: "Não tenta dificultar o meu acesso (sic) com minhas filhas não, porque assim já não damos certo mais."
Diante da situação, ela abriu queixa na Polícia Civil e o caso foi remetido ao MP-GO (Ministério Público de Goiás), que ingressou com pedido de prisão preventiva para manter a integridade física das vítimas. Há dois meses, em setembro, a Justiça expediu também MPUs (Medidas Protetivas de Urgência) determinando que o homem não se aproxime da ex-companheira ou das filhas, além de não manter contato por qualquer outro meio.
Apesar das medidas, a mãe contou à polícia que na última sexta-feira (12) tinha acabado de sair do trabalho quando se deparou com o suspeito em uma praça que ficava em frente ao local. Amedrontada, ela disse que voltou para a firma e se escondeu dentro de um banheiro, enquanto o homem teria desferido vários tiros para o alto.
A mulher acionou a PM, mas quando os policiais chegaram ele não estava mais no local. Imagens de câmeras de outros estabelecimentos comprovaram que um homem que apontava uma arma para cima passou pela praça.
As imagens já estão sendo analisadas pela Polícia Civil de Goiás. A mulher foi socorrida pela equipe da PM, que a levou para delegacia para registrar um novo Boletim de Ocorrência por ameaça, perseguição e descumprimento das MPUs.
O nome do investigado não foi divulgado para preservar a identidade das vítimas: a ex-companheira e as duas filhas, de um e quatro anos. Ele é conselheiro tutelar do município. A mulher relatou que está apavorada com a situação e pede que a Justiça analise rapidamente o pedido de prisão do MP-GO.
"A nossa família não tem paz, vamos dormir com medo, acordamos com medo. Estamos assustadas com tudo isso, e peço paz para continuar criando as meninas", declarou ela ao UOL.
Em entrevista à TV Anhanguera, o homem alegou que a arma empunhada pela filha era falsa e afirmou que não sabia que a ação era ilegal, já que o equipamento é comercializado no município.
Policiais da delegacia de Jandaia tentam localizá-lo para intimá-lo a prestar depoimento sobre o ocorrido desde a sexta-feira (12). Até a tarde de hoje, ele ainda não havia sido encontrado, assim como não apresentou advogado de defesa.
A procuradoria do município de Jandaia informou que foi aberto um processo administrativo para apurar o suposto uso do veículo do Conselho Tutelar para uso pessoal, como também a exposição da criança a uma arma de fogo e ter fotografado a situação.
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