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Moradores resgatam corpos de mãe e filha após desabamento de casa na Bahia

Local do deslizamento de terra que atingiu a casa onde estavam três pessoas no distrito de Ribeirão dos Caldeirões, zona rural de Amargosa - Edson Andrade /Prefeitura de Amargosa
Local do deslizamento de terra que atingiu a casa onde estavam três pessoas no distrito de Ribeirão dos Caldeirões, zona rural de Amargosa Imagem: Edson Andrade /Prefeitura de Amargosa

Aliny Gama

Colaboração para o UOL em Maceió

13/12/2021 00h07

Os corpos de uma idosa e da filha dela foram encontrados soterrados neste domingo (12) no povoado de Ribeirão do Caldeirão, zona rural de Amargosa, no recôncavo baiano. Moradores da região, que auxiliam nas buscas, localizaram os cadáveres a 3 km de onde houve a terra desmoronou.

Elita Pereira, 80, e de Eliana Pereira, 40, estavam em casa quando o imóvel desabou em um deslizamento de terra provocado pelas chuvas que atingem o estado desde a semana passada. Com as mortes, o número de óbitos em decorrência das tempestades no sul da Bahia chegou a sete.

Os corpos foram levados para o Departamento de Polícia Técnica para passarem por necropsia e serem liberados para sepultamento. Ainda não há informações sobre o velório e enterro das vítimas.

A residência da família ficava próxima à beira do rio que corta o município. Outros dois imóveis também foram atingidos pelo deslizamento, mas não houve registro de outras vítimas.

deslizamento, terra - Edson Andrade /Prefeitura de Amargosa - Edson Andrade /Prefeitura de Amargosa
Marido e pai das vítimas segue desaparecido
Imagem: Edson Andrade /Prefeitura de Amargosa

As buscas continuam para encontrar o idoso Gildásio Ribeiro, de 89 anos, marido e pai das vítimas, que também estava no imóvel atingido pelo deslizamento de terra. A Guarda Municipal e o Corpo de Bombeiros retomam os trabalhos no local nesta segunda-feira (13).

Números da tragédia

A Bahia registra a pior enchente nos últimos 35 anos com registro de 175 pessoas feridas, 3.700 desabrigadas e 70 mil afetadas pelas chuvas. Os temporais, que atingem principalmente as regiões sul e extremo sul do estado, foi provocado por um ciclone extratropical que se formou no oceano Atlântico.

Já são 29 os municípios baianos em situação de emergência e três em estado de calamidade pública, segundo a Defesa Civil da Bahia.

O prefeito de Amargosa, Júlio Pinheiro (PT), informou que o volume de chuvas ocorrido desde novembro já é o maior registrado em décadas no município. No sábado (11), foram registrados 200 mm de chuva em apenas quatro horas, segundo o prefeito. A prefeitura decretou situação de calamidade.

"O acumulado dos meses de novembro e dezembro já representa o maior volume de chuva dos últimos 50 anos", afirmou Pinheiro. Equipes da prefeitura são orientadas a apoiar e remover as famílias em risco, e desobstruir vias interditadas. Ainda há áreas ilhadas no município.