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Marinha vai investigar causas da queda em cânion em Capitólio (MG)

Rayanne Albuquerque

Do UOL, em São Paulo

08/01/2022 15h09Atualizada em 08/01/2022 19h16

A Marinha informou no início da tarde de hoje (8) que irá abrir um inquérito para apurar as causas e circunstâncias do acidente que ocorreu em um cânion em Capitólio, em Minas Gerais. Uma rocha se soltou e atingiu embarcações com turistas, deixando ao menos seis mortos. Os bombeiros trabalham para identificar as vítimas.

"A Marinha do Brasil informa que tomou conhecimento de um acidente, no fim da manhã de hoje, após deslizamento de rochedo atingir embarcações que navegavam a região dos cânions, em Capitólio-MG", diz a nota divulgada no site oficial da instituição.

A instituição informou ainda que, após a tragédia, a DelFurnas deslocou equipes de Busca e Salvamento para o local. Os oficiais são integrantes da Operação Verão e atuam no suporte às embarcações e no transporte de feridos para a Santa Casa de Capitólio, e no auxílio a outros órgãos.

A estimativa é que entre 70 e 100 tripulantes estivessem no local no momento do acidente, segundo informações repassadas pelo tenente Pedro Aihara, do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, durante uma entrevista à CNN Brasil.

Sete vítimas foram levadas ao pronto-socorro de São José da Barra (MG), município localizado a 45,5 quilômetros dos cânions. De acordo com informações repassadas pela recepção do hospital ao UOL, três pessoas chegaram imobilizadas, mas conscientes, na unidade de saúde.

No total, 23 vítimas foram atendidas e liberadas na Santa Casa de Capitólio. Outras duas pessoas ainda estão na Santa Casa de Piumhi (MG), município próximo da região do acidente, e apresentam fraturas abertas, expostas. Três vítimas estão na Santa Casa de Passos (MG), também na região, e não há confirmação do estado de saúde delas.

Ao ser questionada sobre a fiscalização no local do acidente, a assessoria de imprensa da Marinha brasileira informou que o Comando do 1º Distrito Naval deu início à Operação Verão 2021/2022 - Navegue Seguro.

Segundo a corporação, equipes de Inspeção Naval estão sendo empregadas, simultaneamente, atuando em marinas, clubes e colônias de pescadores, com lanchas, motos aquáticas e viaturas, em todas as áreas de prática de atividades náuticas.

Durante a temporada de fiscalizações, 982 militares, 47 embarcações, 22 motos aquáticas e 53 viaturas vão atuar para incrementar a segurança.

Lancha atingida e pessoas lançadas pelo fluxo

Pessoas foram lançadas por uma tromba d'água após uma rocha se desprender de um cânion em Capitólio (MG). A informação é do tenente Pedro Aihara. Ao menos uma lancha foi atingida diretamente durante o acidente.

Segundo o porta-voz dos Bombeiros, será feita uma avaliação no local para definir se há novos riscos de rompimento.

"O normal é que aconteça desprendimento das rochas, pelas características delas, mas que sejam menores. E geralmente quando a gente tem esses escorregamentos planares, em que a rocha sai num bloco compacto, a forma de queda não costuma ser para frente", disse o tenente em entrevista à CNN.

"Geralmente, ela cai na mesma posição. Dessa vez, a estrutura caiu como um dominó e o que atingiu as pessoas foi a parte de cima, numa trajetória perpendicular."