MP dá cinco dias para que Prefeitura de Capitólio explique risco em cânions
O Ministério Público de Minas Gerais estabeleceu um prazo de cinco dias para que a Prefeitura de Capitólio explique se monitora eventuais riscos na área dos cânions. No último sábado (8), um paredão de rochas se soltou no lago de Furnas e atingiu uma lancha, nove turistas e o piloto morreram no acidente.
No ofício, o MP questiona se o município tinha informações sobre o risco para turistas em relação a desabamentos, deslizamentos ou cabeça d'água, fenômeno no qual ocorre aumento rápido e repentino do nível de um rio, devido a chuvas nas cabeceiras ou em trechos mais altos de seu percurso.
O Ministério Público também quer saber se Capitólio tem um plano emergencial que pudesse ter evitado a tragédia de 8 de janeiro. O ofício faz parte de um inquérito para investigar eventual responsabilidade da prefeitura na tragédia.
O Capitólio é uma cidade turística de Minas Gerais, que fica a 284 km da capital Belo Horizonte. Veja os questionamentos do Ministério Público na íntegra:
- O município dispunha de informações acerca do risco existente para os turistas, tanto na região dos cânions quanto em outros locais, tanto em relação a desabamento de rochas/deslizamentos, quanto inundações bruscas/"cabeças d'águas" etc;
- Existe mapeamento e identificação das áreas consideradas de risco, especialmente em relação a deslizamentos/desabamentos e inundações bruscas;
- Existe plano emergencial em situação de desastre;
- Se existe algum plano para evitar eventos tais quais o ocorrido no dia 08/01/2022 que ocasionou a morte de 10 turistas (segundo as notícias obtidas até o momento) e, em caso positivo, quais as providências que o Município pretende tomar.
Após o acidente, o prefeito de Capitólio (MG), Cristiano Geraldo da Silva (PP), afirmou que "é uma injustiça" apontar um culpado pelo desabamento da rocha. Ele classificou o ocorrido como "fatalidade" e disse que foi algo "inédito".
Dizer que houve uma falha, apontar um culpado é muita injustiça. Foi uma fatalidade e precisamos buscar soluções de segurança para que não aconteça mais.
Cristiano Geraldo da Silva (PP), prefeito de Capitólio
Um dia depois, Cristiano Geraldo da Silva admitiu que um estudo de análise de risco geológico nunca foi feito no local do acidente.
O documento do Ministério Público foi assinado pelo promotor de Justiça, André Silvares Vasconcelos, e enviado no dia 11 de janeiro.
O UOL procurou a Prefeitura do Capitólio, que ainda não se manifestou sobre o assunto.
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