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Vídeo flagra PM sendo agredido por instrutor durante treino em MG; assista

Daniel Leite

Colaboração para o UOL, em Juiz de Fora

24/01/2022 10h54Atualizada em 25/01/2022 13h32

Um vídeo que circula na internet mostra um militar aplicando um tapa no rosto de um policial militar em treino em Minas Gerais. A PM informou ter conhecimento da filmagem e que começou a investigar o caso. Instrutores presentes durante o exercício foram afastados durante apuração dos fatos.

Na gravação, um grupo de policiais aparece em uma quadra esportiva — boa parte deles enfileirados e trajando roupa cáqui completa, de manda comprida e com mochilas nas costas, próximos a um grupo de observadores, com camisetas brancas, com a inscrição ROTAM nas costas, sigla para Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas, que, desde 2001, com a extinção do Batalhão de Choque, atua em locais de alto índice de criminalidade, na repressão a assaltos a bancos, com escolta de presos perigosos ou de altos valores.

As imagens mostram que um policial de boné e mochila nas costas fala algo para um dos homens enfileirados, mas não é possível identificar o que é dito. Em seguida, desfere o tapa no lado esquerdo do rosto do militar, que cai no chão, provocando a reação de colegas.

O professor autor da agressão, identificado apenas pelo número 39, sai do local com uma feição que parece ser de riso, enquanto o agredido é amparado pelos militares em sua volta.

A assessoria de imprensa da PM mineira confirmou, em nota ao UOL que recebeu a filmagem e instaurou inquérito para apurar o ocorrido.

No total, dez policiais foram afastados após o vazamento das imagens, envolvendo apenas agentes já formados que participavam de um curso de aperfeiçoamento da Rotam.

A filmagem foi feita em outubro do ano passado no Batalhão da corporação em Belo Horizonte, mas o caso chegou às autoridades apenas no último final de semana, segundo informações da major Layla Brunnela, porta-voz da PMMG.

Ela declarou ainda que a corporação está "estarrecida" com vídeo e que o incidente é tratado como um crime grave, "mas isolado". Apesar de afirmar que o caso é excepcional, a polícia mineira decidiu não abrir novos cursos de aperfeiçoamento até o fim das investigações.

A previsão é de que a apuração seja concluída em um prazo de 40 a 60 dias.