Influencer é presa suspeita de estelionato e alega ter sido vítima de golpe
A estudante de direito e influenciadora digital Ingrid Caroline Borges Gonçalves, de 20 anos, foi presa ontem após ter sido acusada de tentativa de estelionato durante o check-in em um apartamento alugado, no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Civil, ela estava utilizando dados de cartões clonados para realizar a reserva. No entanto, a defesa de Ingrid afirma que, na verdade, ela foi vítima de um golpe.
Ingrid possui mais de 190 mil seguidores no Instagram e compartilha imagens de viagens por todo o Brasil nas redes sociais. De acordo com o advogado da estudante, Lucas França Bressanin, a influenciadora foi "surpreendida" dentro do hotel que iria se hospedar por agentes policiais e que, no momento da abordagem, ela não possuía "qualquer cartão de crédito clonado".
A jovem foi presa em flagrante por agentes da 14ª DP (Leblon), mas foi liberada ainda ontem, após pagamento de fiança.
Em nota, o advogado afirma que Ingrid foi vítima de um golpe aplicado pela empresa "Grupo+". "Em meados de julho de 2021, a influencer foi abordada através da mídia social Instagram pelo Grupo Maisx onde, na oportunidade, o interlocutor se apresentou como uma agência de viagens e propôs uma parceria para divulgação da respectiva empresa". Em troca, segundo o advogado, Ingrid receberia passagens e hospedagens gratuitas, além de descontos para aquisição de produtos deste ramo.
A jovem fechou parceria com a empresa e passou a divulgá-la nas redes sociais. O grupo, por sua vez, solicitou todos os dados pessoais da estudante para poder disponibilizar os benefícios prometidos, conforme informou o advogado.
"De forma criminosa, premeditada e ardilosa, o estelionatário ao conquistar a confiança da vítima e estando em posse de todos seus dados pessoais, efetuou a clonagem de um cartão de crédito, que foi utilizado pelo malfeitor de forma online e sem o conhecimento da mesma", diz nota.
Ainda, segundo o advogado, Ingrid teria apresentado às autoridades "inúmeras provas e relatos" de que teria sido vítima de um golpe.
"Cabe a polícia agora diante os fatos identificar a origem do IP (Internet Protocol, que é número identificador dado ao cada computador) do pagamento, o que restará demonstrado junto a todas provas que ela foi apenas mais uma vítima", disse o advogado.
Bressanin observa que a reserva foi feita pela empresa no nome da influencer, que acreditava que já estava tudo pago.
O UOL entrou em contato com a Polícia Civil para saber se a investigação continua e se o grupo foi localizado, mas não obteve retorno até a publicação deste texto. A reportagem também entrou em contato com o grupo por meio das redes sociais, mas não houve resposta. O espaço segue aberto para atualização, tão logo obtenhamos retorno ou esclarecimentos.
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