Caso Henry: 'Eu só pensava em me matar', diz Monique após morte de filho
A pedagoga Monique Medeiros admitiu hoje que pensou em se matar após a morte do filho, Henry Borel, 4. Ela e o ex-vereador Dr. Jairinho são acusados de tirar a vida do menino no apartamento do casal, na Barra da Tijuca, em 8 de março.
"Foi um fim de tarde tenebroso. Eu sou católica, sou temente a Deus e só pensava em me matar, não pensava em mais nada. Minha vontade era jogar o carro do viaduto", contou chorando a pedagoga.
Devido à situação, Monique disse que decidiu ir a uma igreja onde ia esporadicamente. Quando chegou lá, acompanhada do irmão e da cunhada, recebeu uma ligação de Leniel Borel, pai do menino, dizendo que tinha algo errado com o laudo de Henry.
Aos prantos, ela contou à juíza Elizabeth Louro, da 2ª Vara Criminal, que não sabia o que havia acontecido e desconhecia os termos técnicos citados por Leniel na ligação.
"É uma situação horrível, não desejo isso nem para o meu pior inimigo" disse a mãe de Henry.
Monique afirmou que inicialmente chegou a culpar o hospital pela morte do filho por algum procedimento errado. "Eu achava que meu filho estava vivo, o tempo inteiro. Ficaram duas horas fazendo ressuscitação nele, eu nunca vi isso", contou a professora.
"Foi uma coisa horrível, eu estava jogada em um canto, chorando muito, Leniel estava em outro canto, arrasado, ninguém estava entendendo nada", disse.
Monique foi para casa e relatou que dispensou a empregada, para não ter que explicar a situação, mas acabou esbarrando com ela no elevador do prédio.
Em casa, foi amparada por Cristiane, assessora de Jairinho e amiga da família. "Eu recolhi os porta-retratos, os brinquedos dele, o Mickey e o ursinho preferido do Henry. Separei a roupa do velório e entreguei a Cristiane. Não tinha condições de vestir meu filho morto."
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