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Caso Henry: Após requerimento, juíza decide ouvir Jairinho no mês que vem

O ex-vereador Jairo Souza Santos, o dr. Jairinho, durante julgamento  - Brunno Dantas/TJ-RJ
O ex-vereador Jairo Souza Santos, o dr. Jairinho, durante julgamento Imagem: Brunno Dantas/TJ-RJ

Daniele Dutra

Colaboração para o UOL, no Rio

09/02/2022 22h45

Após requerimento feito pela defesa, a juíza Elizabeth Loureiro, da 2ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, decidiu ouvir o médico e ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, também conhecido como dr. Jairinho, no próximo dia 16 de março.

Jairinho e a ex-companheira Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, de 4 anos, são suspeitos de envolvimento na morte da criança. O casal, que foi preso no dia 8 de abril do ano passado, nega as acusações.

Dentre os pedidos feitos pela defesa do ex-vereador constam ainda as imagens das câmeras de segurança do hospital. Após o encerramento do depoimento de Jairinho, defesas e acusações terão até 10 dias para mostrar as alegações finais.

Após essa fase, a juíza Elizabeth Loureiro definirá então se Monique e Jairinho vão ou não a júri popular pela acusação de homicídio do menino.

O depoimento de Monique Medeiros, que durou mais de 10 horas no 2º Tribunal do Júri, no Rio, nesta quinta-feira (9), foi marcado por emoção principalmente no momento em que ela relatou o nascimento da criança, a crise no casamento com o ex-marido Leniel Borel e a morte de Henry.

O dia da morte de Henry

Henry havia passado o fim de semana com o pai, o engenheiro Leniel Borel, que deixou a criança no condomínio de luxo, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde reside a mãe, às 19h do dia 7 de abril. Câmeras de segurança flagraram a chegada do menino.

De acordo com as investigações, na madrugada do dia seguinte, o dr. Jairinho e a então namorada, Monique Medeiros, levaram a criança ao Hospital Barra D'Or, na Barra, onde relataram que ele apresentava dificuldade respiratória. O casal então ligou para o pai do garoto para relatar o ocorrido.

A perícia, no entanto, apontou que a morte foi por hemorragia interna e laceração hepática causada por uma ação contundente, portanto, com sinais de violência.

No documento, a perícia cita múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores; infiltração hemorrágica na parte da frente, lateral e posterior da cabeça; edemas no encéfalo; grande quantidade de sangue no abdômen; contusão no rim à direita; trauma com contusão pulmonar; laceração hepática (no fígado); e hemorragia retroperitoneal.