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Henry: Monique se nega a depor na presença de advogada que acusa de ameaça

Lola Ferreira

Do UOL, no Rio

09/02/2022 15h52

A pedagoga Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, se recusou a ser interrogada na presença da advogada Flávia Fróes no processo que apura a morte do menino de quatro anos.

Monique relatou não se sentir confortável em falar na presença de Flávia depois que denunciou uma suposta ameaça dentro do presídio em que estava presa, em 7 de janeiro.

Na ocasião, de acordo com a mãe de Henry, Flávia tentou fazer com que Monique assumisse a culpa pela morte do filho. A advogada fora contratada para fazer a investigação defensiva do caso, mas poucas horas antes do interrogatório foi constituída como parte da defesa oficial de Jairinho.

Diante do pedido de Monique, a advogada afirmou que não concordava, mas que não se opunha a sair. Por volta das 11h40, Monique começou o seu depoimento, na presença dos outros advogados de Jairinho.

Henry morreu dentro do apartamento em que Monique e Jairinho moravam na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. Jairinho se negou a responder às questões e pediu que sejam realizadas "novas diligências" sobre o caso. O ex-vereador disse que jamais tocou em "um fio de cabelo" da criança.

Após a mãe do menino relatar ter sido ameaçada por Flávia, a advogada abriu uma queixa-crime por calúnia contra a defesa de Monique na 23ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Na queixa-crime, Flávia levanta a hipótese de Monique não saber o teor das ofensas que teriam sido relatadas por ela a seus advogados. "Ela será interpelada judicialmente para que se esclareça se realmente falou o que seus advogados afirmaram", diz o texto.

Hoje, ao Monique se negar a depor na presença de Flávia, a defesa reafirmou o teor do que foi relatado pela cliente.

O teor do encontro em 7 de janeiro foi levantado pela defesa de Monique no dia 12. Em um documento assinado por Monique e seus advogados, a mãe de Henry afirma ter sofrido ameaças de Flávia na cadeia. Os advogados afirmam que a intimidação tinha como objetivo inocentar o ex-vereador.