Cobra exótica comum nos EUA é achada em rua do Paraná
Uma cobra-do-milho foi encontrada rastejando pelas ruas de Colombo, cidade na Região Metropolitana de Curitiba (PR). A espécie, originária do sudeste dos Estados Unidos, é exótica no Brasil.
O réptil foi resgatado pela própria população, no último final de semana, e entregue de forma voluntária no Setor de Fauna do IAT (Instituto Água e Terra). Segundo nota do instituto, ele será encaminhado a um projeto de educação ambiental de uma outra instituição, que não foi identificada.
O projeto do qual a cobra fará parte trabalha para a identificação de animais peçonhentos e disseminação de informação sobre o impacto de espécies exóticas na fauna nativa.
"A corn snake é uma serpente não-peçonhenta, ou seja, não possui veneno, mas ela é exótica no país, não é originária do território brasileiro e, portanto, sua criação e comercialização são proibidas no Estado", destaca o biólogo do setor de Fauna do IAT, Allyfer Ziemmer, em nota do Instituto.
Devolução após resgate exime pessoas de crime ambiental
A entrega voluntária da cobra eximiu os moradores de Colombo de um possível processo por crime ambiental, apesar de os civis não terem acionado equipes especializadas no resgate de animais.
O IAT destaca que o Paraná possui uma lista, publicada em 2015, de todos os animais considerados exóticos e com restrições de criação e comércio.
"Nela, é possível constatar que também são exóticas todas as espécies de pítons, cobras que é comum encontrar com as pessoas", pontuou Ziemmer.
Quem tiver posse dos animais listados sem a devida documentação deve solicitar a entrega voluntária ao IAT para não ficar sujeito a uma ação penal. Caso contrário, o tutor pode sofrer punições por cometer um Crime Ambiental (Lei nº 9605/98 e Decreto nº 3179/99).
De acordo com a legislação, introduzir espécie animal no país sem a documentação obrigatória pode render de três meses a um ano de detenção, e multa.
Caso o bicho possa ser vetor de doenças ou pragas a pena prevista aumenta para um a quatro anos de prisão.
"Isso, além de afetar as espécies nativas, pode também prejudicar os seres humanos", destaca o biólogo do IAT, Mauro de Brito, sobre os riscos envolvidos em importar espécies exóticas.
"Muitas vezes, identificar se uma espécie exótica possui ou não potencial de se tornar invasora, pode demorar. Por isso é preciso sempre trabalhar com a prevenção, para evitar que animais exóticos possam vir a se estabelecer nos ambientes naturais", completou o profissional.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.