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Frente fria se aproxima de SP após 15 dias seguidos acima de 30ºC e recorde

Pedestres enfrentam calor intenso enquanto os termômetros de rua registram temperatura de 31°C na região central de São Paulo, na manhã de sexta-feira (4) - BRUNO ESCOLASTICO/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Pedestres enfrentam calor intenso enquanto os termômetros de rua registram temperatura de 31°C na região central de São Paulo, na manhã de sexta-feira (4) Imagem: BRUNO ESCOLASTICO/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

07/03/2022 11h14Atualizada em 07/03/2022 21h03

Os últimos dias em São Paulo foram de calor intenso, nos quais os termômetros chegaram a marcar máximas acima dos 30ºC. Segundo a Climatempo, a cidade enfrentou 15 dias consecutivos com tardes ultrapassando esta temperatura e ainda registrou o dia mais quente do verão desse ano na quinta-feira (3), com 33,1ºC. A cidade ainda sofreu com temporais e até chuva de granizo, muito por conta de um fenômeno chamado "escoamento bloqueado" (leia mais abaixo).

No entanto, a previsão é que as temperaturas deem uma trégua nos próximos dias, com a chegada de uma frente fria neste fim de semana.

A chegada desta massa de ar deve provocar temporais, raios, rajadas de vento de até 70 km/h e risco de granizo em alguns locais. As temperaturas devem cair no sábado (12), quando o dia fica completamente nublado. O sol deve reaparecer no domingo, mas as chuvas permanecem, especialmente no período da tarde e da noite.

A previsão para o sábado é que os termômetros registrem temperaturas entre 22ºC e 26º enquanto no domingo a temperatura volte a ficar entre 21ºC e 31ºC. Na segunda-feira (14), o sol deve reaparecer entre nuvens elevando a temperatura mínima para 23ºC, mas já no dia seguinte as nuvens voltam e a temperatura cai um pouco, para 22ºC a 29ºC.

'Escoamento bloqueado'

Ainda, de acordo com a Climatempo, o intenso calor na cidade pode ser explicado por um fenômeno chamado "escoamento bloqueado", que é uma circulação que impede que os sistemas se desloquem para o Sudeste.

Assim, as frentes frias que chegam ao Sul do país até se aproximam do litoral, mas logo se afastam para o alto-mar, impedindo que as temperaturas diminuam na região da capital.

Fim do verão

Apesar da situação, especialistas acreditam que o verão não vai se estender neste ano. A estação acaba no próximo dia 19 e a previsão meteorológica é de que, com o fim dela e com a chegada do mês de abril, os tempos amenos se aproximem.

"Não tivemos uma primavera das mais quentes em 2021 e o verão só veio esquentar mesmo agora, em meados de janeiro. Se a gente for olhar na maior parte do Brasil, não só no verão, mas desde o início da primavera, o que mais chamou atenção foi o frio fora de época", explica o meteorologista Celso Oliveira, da Climatempo.

Ele conta que o fenômeno La Niña, responsável por resfriar a água do Pacífico, é um dos responsáveis pela manutenção da temperatura baixa e deve fazer com que o verão não se estenda, "mudando" o tempo já no meio de março em boa parte do país.

"Agora está fazendo muito calor, mas diria que não dá para esperar que esse calor dure muito. O provável é que no fim do verão isso acabe."

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