Topo

Esse conteúdo é antigo

Mulher é presa por injúria racial ao chamar atendente de UBS de 'neguinha'

Confusão aconteceu na Unidade Básica de Saúde - Reprodução/ Google Street View
Confusão aconteceu na Unidade Básica de Saúde Imagem: Reprodução/ Google Street View

Simone Machado

Colaboração para o UOL, em São José do Rio Preto (SP)

24/03/2022 15h11Atualizada em 24/03/2022 15h41

Uma mulher foi presa suspeita de cometer injúria racial contra a atendente de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Jataí, cidade a 320 km de Goiânia. Na ocasião, a mulher estava acompanhada da filha, de 14 anos, que está grávida e, teria chamado a funcionária pública de "neguinha". A suspeita também teria tentado furar a fila de espera da unidade.

Segundo a Polícia Civil, a atendente procurou a delegacia para registrar o crime, na terça-feira (22). A vítima relatou em depoimento que a suspeita aguardava a filha ser atendida quando tentou passar na frente de outras pessoas que aguardavam atendimento médico.

Um funcionário da unidade de saúde teria solicitado à mulher que respeitasse a ordem de chegada e aguardasse a sua vez de ser atendida. Após ser repreendida, a suspeita teria cometido injúria racial ao chamar a atendente da unidade de "neguinha".

Ainda segundo a ocorrência, testemunhas teriam relatado que, ao pedir para a mulher respeitar a ordem da fila, a atendente teria chamado a mulher de banguela.

A Guarda Civil Municipal foi chamada pela funcionária pública e registrou um boletim de ocorrência por injúria racial.

A mulher foi levada até a delegacia pelos guardas e prestou depoimento. Ela contou aos policiais que não teve a intenção de ofender a atendente e não usou o termo por maldade. Ela acrescentou ainda que tem o costume de chamar a própria filha pelo apelido de "neguinha".

Após prestar depoimento, a suposta autora do crime pagou fiança e foi liberada. O valor da fiança não foi divulgado pela Polícia Civil. A mulher vai responder pelo crime em liberdade. A Polícia Civil segue investigando a situação.

A suspeita não teve o nome divulgado pela polícia, por isso o UOL não conseguiu localizar a defesa dela. O espaço segue aberto para manifestação.