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RJ: Polícia apreende canhão similar ao usado na guerra da Ucrânia

Canhão apreendido em Manguinhos, na zona norte do RJ, usa mesma tecnologia de armas usadas na Ucrânia e na Síria - Divulgação/Polícia Civil do RJ
Canhão apreendido em Manguinhos, na zona norte do RJ, usa mesma tecnologia de armas usadas na Ucrânia e na Síria Imagem: Divulgação/Polícia Civil do RJ

Marcela Lemos

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

24/03/2022 10h51Atualizada em 24/03/2022 10h51

A Polícia Civil do Rio apreendeu ontem durante uma operação na comunidade do Mandela, em Manguinhos, na zona norte do Rio, um canhão que possui a mesma tecnologia de armas usadas na guerra da Ucrânia e da Síria.

A arma leve anticarro (ALAC), como é tecnicamente chamada, é de fabricação nacional e tem características de um canhão de 84 milímetros, de operação individual, com alcance efetivo de 300 metros e capacidade de perfuração variando de 250 a 900 milímetros.

Segundo o delegado Marcus Amin, titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), esse tipo de canhão é "adquirido para ataques aos veículos blindados das forças de segurança".

Amin disse ao UOL que somente a realização de uma perícia pode apontar se a arma estava em funcionamento.

Na operação de ontem, a polícia também prendeu Silvano Rodrigues da Silva, conhecido como Gordinho, que estava foragido. Ele tinha 19 passagens pelo crime de roubo, bem como duas anotações por uso de documento falso.

"Gordinho é contumaz roubador de cargas, especialista no roubo de caminhões dos Correios, empresa que mantém um centro de distribuição e logística a poucas centenas de metros onde o criminoso foi localizado e capturado", informou a instituição.

Os agentes apreenderam ainda 47 tabletes de maconha e centenas de frascos de loló. Eles também encontraram dezenas de litros do princípio ativo utilizado na fabricação da droga, que é altamente inflamável. O material estava armazenado dentro de galões em um ambiente fechado, em uma área residencial e nas proximidades de duas igrejas.

Além da DRE, também participaram da operação agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da 28ª DP (Praça Seca) e da 33ª DP (Realengo). A ação faz parte de diligências inseridas no projeto "Cidade Integrada" que consiste na retomada de territórios em comunidades dominadas pelo tráfico e pela milícia desde janeiro deste ano.