RJ: Com tattoo do Batman, suspeito de ser um dos chefes de milícia é preso
A Polícia Civil prendeu em flagrante um suspeito de ser narcomiliciano, apontado como chefe do "GAT" ("grupo de ações táticas") da milícia comandada por Danilo Dias Lima, conhecido como Tandera - o miliciano mais procurado do Rio de Janeiro. Chamou a atenção uma tatuagem do Batman, que pode aludir a uma conhecida figura do mundo do crime no estado.
Emanuel da Silva Lima, chamado pelos apelidos de "Grande" e "Samuca" foi localizado no bairro Cabuçu, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na manhã de ontem.
Segundo a Polícia Civil, o grupo dele atuava para vigiar e repelir ações de grupos rivais, de outras milícias ou do tráfico de drogas, e atuar na linha de frente contra ações das forças de segurança do estado na região.
A tatuagem e o Batman
De acordo com as investigações, o suspeito integra grupos paramilitares no estado há mais de 15 anos, desde quando a maior milícia do Rio de Janeiro era comandada por Ricardo Teixeira da Cruz, o "Batman" - um ex-policial militar que ficou a frente da antiga "Liga da Justiça" até 2008 quando acabou preso.
Batman está detido no presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
Em referência ao antigo grupo, Emanoel tem tatuado próximo ao ombro direito o símbolo que ficou famoso no filme "Batman" (1989), dirigido por Tim Burton. A marca é usada por outros criminosos que integravam o grupo.
Milícia de Tandera
Segundo a Polícia Civil, posteriormente ele migrou para a milícia de Tandera. Emanuel é investigado pela participação em vários homicídios na Baixada Fluminense. Com ele foi apreendida uma pistola Taurus, calibre 40. O suspeito foi preso em flagrante pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constituição de milícia privada.
Na mesma ação também foi preso o miliciano João Antunes de Matos Neto, conhecido como "Bem-te-vi", que também é suspeito de integrar o "GAT" comandado por Emanuel. Contra ele foi cumprido um mandado de prisão por homicídio qualificado.
"Ele é responsável por diversos confrontos entre grupos paramilitares e também por homicídios de integrantes de grupos rivais", afirma a Polícia Civil.
A operação que prendeu os dois criminosos faz parte da Força-Tarefa da Polícia Civil contra milícias e contou com a participação de agentes da Delegacia de Serviços Delegados (DDSD), da Divisão de Capturas da Polícia Interestadual (DC-Polinter) e da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).
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