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MT: Gerente de hotel que negou estada a indígenas é condenado por racismo

Condenação foi feita pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) - TRF1/Divulgação
Condenação foi feita pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) Imagem: TRF1/Divulgação

Do UOL, em São Paulo

05/04/2022 19h51Atualizada em 06/04/2022 09h15

Um gerente de hotel da cidade de Comodoro (MT) foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) pelo crime de racismo por impedir que 13 professores indígenas se hospedassem no local.

Na ocasião, registrada em 2003, testemunhas afirmaram que o homem não aceitou especificamente os professores indígenas porque "não ficaria bem para a imagem do hotel", mas aceitou outros docentes.

Todos eles estavam com reservas feitas pela Secretaria Municipal de Educação da cidade para um evento sediado em Comodoro.

A decisão, que classificou a conduta do gerente como "discriminação ou preconceito de etnia", foi tomada no mês de março, quase 20 anos após o caso, mas foi divulgada pelo MPF (Ministério Público Federal) na tarde de hoje. O MPF foi responsável pela denúncia contra o homem.

O caso foi recebido pela Justiça Federal no ano de 2010 e a pena de três anos e seis meses é menor do que outra pena anterior imposta pela Justiça ao funcionário.

Em 2014, um juiz estimou para o gerente uma sentença de quatro anos e meio de prisão em regime semi-aberto. A diminuição da pena ocorre porque o homem não tem antecedentes criminais.