Ex é suspeito de matar mulher em hospital de SP por não aceitar término
Ana Paula Trajano, de 29 anos, foi morta a facadas dentro de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Cubatão, no litoral de São Paulo. A pedagoga, que trabalhava no local, sofreu o ataque em frente ao prédio do hospital.
O ex-namorado da vítima, que não teve a identidade divulgada pela polícia, é o principal suspeito do crime e foi detido na tarde de ontem, por uma equipe do 2º Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar que realizava um patrulhamento nos arredores da UBS, no bairro Vila Natal.
Os policiais faziam a ronda quando viram uma aglomeração de testemunhas na UBS. Ao se aproximar, eles viram a mulher ferida caída no chão da unidade, segundo nota enviada pelo batalhão ao UOL.
Na mesma hora, eles também identificaram o suspeito, que tentava fugir de um grupo que o identificou como o responsável pelos golpes contra Ana e tentava contê-lo.
"Imediatamente foi realizada a detenção deste homem pela equipe, sendo informado pelas testemunhas que o mesmo havia desferido golpes utilizando uma faca contra a vítima", informou comunicado da corporação.
Ana Paula chegou a ser levada para o Pronto-Socorro Central de Cubatão, mas não resistiu aos ferimentos. A faca usada no crime foi apreendida no local do ataque.
Já o suspeito foi levado pela equipe do 2º BAEP à Delegacia da Mulher de Cubatão, onde foi registrado o boletim de ocorrência por homicídio qualificado. Segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), ele "permanece à disposição da Justiça".
Até o momento, sua identidade não foi divulgada, o que impossibilita a busca por sua defesa.
A suposta motivação para o crime é de que o investigado não aceitou o fim do relacionamento com a vítima. A última postagem de Ana Paula no Facebook, em 25 de fevereiro, foi uma atualização de seu status para "em um relacionamento sério".
Após as notícias sobre o crime, comentários parabenizando a pedagoga pelo namoro deram lugar a mensagens de revolta.
"Gente do céu, que lixo esse homem. Por que tanta violência? Sem acreditar no que aconteceu", escreveu uma. "Tanta gente má por aí e isso acontece com um ser do bem", lamentou outra.
"Que amor é esse, capaz de tirar a vida?!? Quantas mais serão vítimas? Tanta mulher tendo a vida arrancada por seus ex ou atuais companheiros. Que a Justiça seja feita! Que Deus te receba de braços abertos, Ana Paula Trajano", publicou uma amiga da servidora em sua página na rede social.
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e através da página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.
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