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Rio: Moradores fazem protesto após operação policial com 22 mortos

Moradores tentaram fechar linha do BRT e depois se deslocaram para a frente do Hospital Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro - Igor Mello/UOL
Moradores tentaram fechar linha do BRT e depois se deslocaram para a frente do Hospital Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro Imagem: Igor Mello/UOL

Igor Mello

Do UOL, no Rio de Janeiro

24/05/2022 16h43Atualizada em 24/05/2022 18h35

Um grupo de moradores protestou, na tarde de hoje, após operação policial no Rio de Janeiro, que já contabiliza 22 mortos e sete feridos. A manifestação ocorreu na frente da emergência do Hospital Estadual Getúlio Vargas, que concentra o atendimento aos baleados desde o começo da manhã.

O grupo tentou fechar a linha do BRT, que passa na avenida Braz de Pina, mas foi impedido por policiais militares. Agentes do Batalhão de Choque, usando motocicletas, chegaram em alta velocidade ao local. Houve bate-boca com os manifestantes, que se deslocaram e formaram um bloqueio em um dos acessos ao hospital, mais próximo do Complexo da Penha.

O Ministério Público disse que a ação policial foi autorizada após movimentação de criminosos do CV (Comando Vermelho) da Vila Cruzeiro para a Rocinha. Já a Polícia Militar disse que houve aumento de lideranças criminosas de outros estados em comunidades do Rio devido à decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que limita as operações policiais, segundo o coronel Luiz Henrique Marinho. A PM salientou ainda que a ação policial vinha sendo planejada havia meses e ocorreu para impedir a movimentação de um grupo de criminosos para a Rocinha, comunidade de São Conrado, zona sul da cidade.

Por outro lado, a Defensoria Pública criticou a operação, dizendo que "jamais seria tolerada em bairros nobres" do Rio. O MPF (Ministério Público Federal) anunciou a abertura de uma investigação para apurar condutas e possíveis violações cometidas por policiais de forma individual.