Polícia investiga morte de ex-assessor de Gabriel Monteiro como acidente
A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga como acidente a morte de Vinícius Hayda Witeze, ex-assessor do vereador Gabriel Monteiro (PL) que o denunciou e disse que estava sendo ameaçado.
No entanto, a polícia ainda aguarda um laudo de perícia do carro que vai apontar se houve alguma irregularidade no veículo, como adulteração nas partes mecânica, elétrica ou no sistema de alimentação de combustível que possa ter contribuído para o acidente.
O delegado Maurício Mendonça Dubugras, responsável pelas investigações, disse ao UOL que também espera o resultado de um exame de alcoolemia. Witeze era quem estava ao volante no último sábado (28).
"É um local propício a acidente. A sinalização é bem ruim. A própria vítima [uma mulher que estava no veículo com o ex-assessor] disse que não houve perseguição nem atentado contra eles. A linha de investigação é acidente."
Ele morreu depois que o carro onde estava capotou na RJ-130, que liga as cidades de Teresópolis e Nova Friburgo, na região serrana.
Witeze pretendia protocolar ontem um pedido de segurança à Câmara Municipal do Rio. O ex-assessor do vereador chegou a pedir segurança ao gabinete da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal.
Ele denunciou Gabriel Monteiro pela prática de assédio moral e sexual, e recentemente relatou receber ameaças por meio de redes sociais.
A mulher que acompanhava Witeze na viagem (a identidade dela não foi divulgada) afirmou que o acidente ocorreu após o motorista perder o controle da direção do veículo. O carro chegou a apresentar problemas durante a viagem em decorrência de combustível de baixa qualidade.
Ela foi atendida no Hospital das Clínicas de Teresópolis e já recebeu alta. Segundo a Polícia Civil, Witeze morreu em decorrência de um traumatismo craniano. No veículo, uma faca foi encontrada, mas a polícia descarta qualquer relação da arma com o acidente.
Pedido de segurança
De acordo com a vereadora Teresa Bergher (PSDB), o ex-assessor de Gabriel Monteiro telefonou na sexta-feira (27) para o gabinete da Comissão de Direitos Humanos, pedindo que a Câmara disponibilizasse seguranças para ele.
Em depoimento ao Conselho de Ética, Witeze relatou que vinha sofrendo ameaças de morte.
"O procurador da Câmara, José Minc, disse que seria necessário um ofício das testemunhas pedindo a segurança. [Ele] foi orientado a fazer um ofício com esse pedido e ficou de entregar o documento nesta segunda-feira, mas infelizmente não teve tempo. É tudo muito triste, chocante e estranho", afirmou a vereadora.
O vereador responde a um processo disciplinar na Câmara que pode levar à cassação de seu mandato.
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