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Ex-assessores confirmam assédio de Gabriel Monteiro e expõem 'dossiês'

Vereador Gabriel Monteiro - Divulgação/Câmara do Rio
Vereador Gabriel Monteiro Imagem: Divulgação/Câmara do Rio

Do UOL, em São Paulo

25/05/2022 20h31

Dois ex-assessores do vereador Gabriel Monteiro (PL), Heitor Monteiro de Nazaré Neto e Vinícius Hayden Witeze, depuseram hoje por quase oito horas no Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. O vereador é acusado de quebra de decoro parlamentar, pela prática de supostos estupros e episódios de assédio sexual e moral, além de manipulação de vídeos e infração a direitos de uma criança que foi protagonista de um vídeo gravado por ele —Monteiro nega todas as acusações.

Nos depoimentos, as testemunhas corroboraram as denúncias de assédio sexual e moral. Os ex-funcionários de Monteiro também disseram que eram orientados a produzir "dossiês" com informações para constranger outros parlamentares e autoridades públicas.

Os ex-assessores falaram hoje que sofrem ameaças de fãs do vereador, que é ex-policial militar e youtuber.

Segundo informações da Câmara, na terça-feira (31), a partir das 13h, serão ouvidos como testemunhas de acusação os ex-funcionários Luiza Caroline Bezerra Batista e Mateus Souza de Oliveira.

Denúncia contra Gabriel Monteiro

Gabriel Monteiro foi denunciado no dia 8 de abril por ter filmado vídeos em que ele faz sexo com uma adolescente de 15 anos. Em abril, o vereador afirmou que não sabia que a menina com quem teve relações sexuais era adolescente, bem como disse não ser o responsável pelo vazamento dos vídeos.

A 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial da área Zona Sul e Barra da Tijuca afirmou que a vítima conheceu Gabriel numa academia do condomínio onde o vereador mora.

Semana passada, o Conselho de Ética rejeitou pedido do vereador para anular o processo disciplinar contra ele e se reuniu para ouvir o parecer da Procuradoria da Câmara sobre os supostos vícios jurídicos no processo, apontados por Monteiro em sua defesa prévia. O argumento foi rechaçado pela Procuradoria e o pedido, indeferido.